Beto recorda penáltis decisivos na final da Liga Europa: "Jesus queria que Oblak fizesse o mesmo..."
Guarda-redes português lembrou, em entrevista ao jornal AS, o triunfo do Sevilha sobre o Benfica, na decisão por penáltis na final da Liga Europa de 2014, na qual foi a principal figura dos espanhóis ao defender dois
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Regressou ao Juventus Stadium? "Não voltei pelas circunstâncias do futebol, mas não me importava. A única coisa que tenho lá são boas recordações, porque me lembro de tudo: cada segundo antes do jogo, durante e depois. Foi uma noite inesquecível para toda a equipa e para os adeptos, um momento memorável. É um jogo que marcou a minha carreira e que marcará toda a minha vida e a da minha família."
O Sevilha partia para o jogo como "vítima": "O Benfica tinha um plantel incrível, era o primeiro candidato a ganhar o título, ainda para mais depois de ter eliminado a Juventus nas meias-finais. Mas o nosso percurso até à final foi muito sólido. Éramos a equipa que mais queria ganhar a Liga Europa, como acontece sempre com o Sevilha."
Foi o melhor jogo da carreira? "Futebolisticamente, não. Teve mais impacto pelo desempate nos penáltis, embora tenhamos sofrido muito e eu tenha feito algumas defesas importantes. Obviamente que é uma final europeia, vamos para os penáltis e eu defendo dois..."
O sofrimento ajuda... "Pode ser. Sou amigo de alguns jogadores do Benfica que reconheceram o nosso sofrimento. Querer tanto a taça era um dos grandes segredos daquela equipa."
Penáltis foram controversos: "[risos] Admito que me antecipei um pouco no primeiro penálti. Foi o meu instinto. Se calhar com o VAR podiam ter repetido, mas não se pode tirar o mérito. Também defendi o penálti do Rodrigo."
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O "adversário" na baliza era Jan Oblak. Do que se lembra? "Bem, posso contar o quanto Jorge Jesus estava zangado e irritado com o Jan. Depois de eu me ter antecipado no penálti do Cardozo, queria que ele fizesse o mesmo, mas não aconteceu. Ele não conseguiu parar nenhum. E eu já vinha de uma história curiosa com o próprio Jorge Jesus."
História com Jorge Jesus: "Eu estava no Leixões e ele era treinador do Braga. Estávamos num jogo importante e o Jorge tentou fazer jogos psicológicos comigo: disse que eu não podia ser um grande guarda-redes porque era baixinho. Mas vencemos por 1-0 e, no túnel, pediu-me para não me zangar, que só queria provocar-me. A imprensa portuguesa falou dessa história e, em 2017, Jorge Jesus levou-me para o Sporting. Essa faísca manteve-se sempre, mas temos uma relação muito boa."
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