Declarações após o Portugal-Dinamarca (5-2), este domingo, que qualificou a Seleção para as meias-finais da Liga das Nações
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À RTP
Apuramento para a final-four: “Muito felizes, sobretudo pela qualificação para a final-four. Era exatamente isso que queríamos. Em relação ao jogo inspirado, não foi, mas hoje, mais importante do que fazer um jogo perfeito a nível técnico ou tático, era que jogássemos com outra energia e intensidade, que jogássemos pelo nosso público e acho que conseguimos fazer isso desde o primeiro minuto. Sabemos que fizemos um jogo bastante mau na Dinamarca, sabíamos, antes do jogo, que não ia ser fácil, mas também sabíamos que os dinamarqueses não iam estar tão confortáveis em nosso casa e queríamos que eles tivessem o mesmo sentimento que nós tivemos lá. E conseguimos isso de forma perfeita. Tivemos alguns erros que nos custaram os golos sofridos, mas acho que foi uma boa exibição da seleção”.
Exibição de dimensão física: “Tento dar ao jogo aquilo que acho que a equipa precisa no momento. Hoje senti que me pertencia libertar um pouco mais a energia do Nuno [Mendes] e ajudar um bocadinho mais o Vitinha nas tarefas defensivas do meio-campo e, depois, quando estávamos em vantagem, era importante não perder o equilíbrio no meio-campo e arriscar tanto. Estou muito contente. Acho que foi uma exibição com muita alma da Seleção”.
Críticas à Seleção Nacional: “Já sabemos que o futebol envolve muita paixão. As pessoas que estão no futebol há muitos anos, como eu, o Cristiano, como o próprio treinador, sabemos que quando ganhamos somos os melhores do mundo e que, no dia seguinte, se perdermos, somos os piores. Nunca há um meio termo no futebol. Estamos habituados a isso. Faz parte. Como o Cristiano [Ronaldo] disse, o mais importante é que estávamos só no intervalo; não tínhamos perdido nada, ainda que não tenhamos feito uma grande exibição. E hoje a Seleção deu uma grande resposta.”
Jogadores sentem que têm o líder certo: “Claro que sim. Independentemente de quem seja o nosso líder, vamos até à morte com o nosso treinador. Sem dúvida”.
Ao Canal 11
Sofrimento: "Não era preciso, mas até sabe melhor. Claro que era escusado os 120' para as pernas. Alguns erros custaram-nos golos que podiam ter sido evitados. Uma exibição com muita alma, vontade puxar por este público e dar uma resposta muito mais positiva do que há três dias, que foi bastante mau. Estamos muito felizes."
Luta no meio-campo, jogo partido: "É um jogo ao homem, eles pressionam ao homem e nós igual, e assim nunca é fácil. Temos que aceitar que as duas equipas vão perder mais bolas e é preciso ser mais resiliente, sentir que se ganharmos a segunda bola é uma oportunidade para os nossos avançados correrem. Fomos muito mais agressivos do que no primeiro jogo. Claro que jogar em casa é sempre mais fácil, com o público a puxar por nós. Foi uma exibição boa, ainda que taticamente e tecnicamente não tenha sido perfeito o mais importante era puxar pela energia e intensidade."
Jogo especial por ser o 100: "Muito especial, estou muito feliz."
Voltou ao onze, custou ficar de fora na Dinamarca? "Custa sempre ficar de fora, mas a seleção tem muita qualidade em todas as posições. Neste caso, o João Neves jogou na minha posição é titular no PSG, para mim já é um dos melhores médios do mundo. Portanto, com a qualidade que temos é muito difícil olhar para a banco não pensar que qualquer um pode ser titular. Quando não nos cabe a nós temos de aceitar."
À Sport TV
Significado dos 100 jogos pela Seleção Nacional: “Muito especial, representar o nosso país, a nossa seleção, 100 vezes, hoje, foi muito especial e sobretudo terminando com esta qualificação para a final four, Estamos contentes com uma grande exibição da Seleção e com uma qualificação para mais uma vez podermos lutar por um título.”
É o oitavo jogador a chegar às 100 internacionalizações. Esta foi uma das semanas mais difíceis, com tudo o que se falou à volta da seleção, colocando o selecionador em causa e o grupo também? “Uma das mais difíceis, não sei. Nós estamos habituados a isto, a grandes momentos, a perder e que a toda a gente ache que somos os piores do mundo, que ninguém vale nada e no dia a seguir somos os melhores do mundo. Portanto, isto faz parte, faz parte do futebol, que é um desporto de emoção, é um desporto em que não há um meio termo, ou estamos aqui e nunca há isto, e portanto nós estamos habituados e sabemos lidar com estas situações.”
Novo ciclo com a nova presidência: “Tudo está muito parecido, claro que o presidente Fernando Gomes fez um grande trabalho nos anos que esteve cá, ganhou muitas coisas pela nossa seleção e foi sempre um apoio espetacular e agora temos uma nova pessoa, com o Pedro Proença, que até hoje tem sido também um apoio espetacular para nós e seguimos com os mesmos objetivos de sempre. Estamos muito felizes por nos termos qualificados para a final four e pela primeira vez agora com o nosso novo líder podermos lutar por um título e vamos no mesmo caminho que sempre fomos, que é representar a nossa seleção e o nosso país da melhor forma para deixar todos os portugueses muito orgulhosos.”