António Simões considera que Portugal é um dos candidatos à conquista do Mundial e elogia alguns jogadores.
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O antigo internacional António Simões pede à seleção portuguesa para "não ter receio" de ser candidata à conquista do Mundial'2022 de futebol e considera que o "talento extraordinário" de Bernardo Silva é "indispensável" para as ambições lusas.
"Se me perguntarem que candidatos há para ganhar o Mundial, eu digo que Portugal é um deles. E não temos de ter receio de sermos candidatos. O grande desafio que se vai colocar é não terem medo de ganhar", afirmou o magriço, em entrevista à agência Lusa.
António Simões, de 78 anos, que integrou a campanha portuguesa rumo a um inédito terceiro lugar no Mundial'1966, refere que os jogadores terão de ser "capazes de lidar com a pressão e exigência", para que "possam expressar todo o talento que têm".
"Só tenho razões para pensar que podem jogar bem. Sobretudo, por uma coisa: porque sabem jogar", salientou o antigo extremo, destacando a "liderança de Rúben Dias", o "talento" de Bernardo Silva e o "instinto matador" de Gonçalo Ramos como armas ao dispor de Fernando Santos.
De resto, António Simões confessa que nunca abdicaria do criativo do Manchester City: "O Bernardo Silva é um miúdo com um talento extraordinário e eu tenho um fraco pelos esquerdinos. Não consigo resistir. É um jogador que pode fazer um golo em qualquer momento ou descobrir alguém com uma assistência que ninguém na assistência estava à espera. É um jogador indispensável. Oxalá esteja bem".
Admitindo ser "alérgico à tática", Simões relega mesmo o papel de um treinador para segundo plano, afirmando que, "quando se chega a um Campeonato do Mundo, são os jogadores que têm de tomar conta do jogo". "Por que tem de ser sempre o treinador a falar tanto? Não é necessário. Os jogadores ainda necessitam de diretrizes? Não se conhecem? Ainda há no povo português essa resistência de que o treinador joga assim tanto para ter tanta importância numa equipa de futebol", expressou à Lusa.
O Campeonato do Mundo realiza-se no Catar, entre 20 de novembro e 18 de dezembro.
Portugal está integrado no Grupo H, juntamente com Uruguai, Gana e Coreia do Sul, de Paulo Bento, tendo estreia marcada na competição para 24 de novembro, diante dos ganeses, no Estádio 974, em Doha.
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