
Presidente do Milan e ex-primeiro ministro italiano tinha montada, diz a acusação, uma rede de prostituição para se divertir nas suas festas.
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"Jantar, bunga bunga e depois sexo com Berlusconi", é assim que o procurador Antonio Sangermano escreve na acusação formulada a Sílvio Berlusconi, presidente do AC Milan e ex-primeiro ministro italiano, e já em curso no Tribunal de Milão, num processo relacionado com as famosas festas na villa Santa Martino de Arcore, na província de Monza (arredores de Milão), e que promete agitar a Itália
A investigação das autoridades, que ouviram alguns jovens convidadas para as referidas festas, permitiu apurar que ao contrário da teoria de Berlusconi ("organizava jantares elegantes, num ambiente sereno e simpático, com inocentes concursos de espetáculos satíricos"), aconteciam cenas de alto conteúdo erótico. Sangermano acusa mesmo o presidente do Milan de ter montada na luxuosa vivenda San Martino uma rede de prostituição, pagando às jovens 2500 euros mensais.
A compra da Villa San Martino por Sílvio Berlusconi, três anos depois de a mesma ter sido palco de um escândalo sexual culminado com um triplo homicídio que apaixonou a Itália no início dos anos 70, esteve sempre, curiosamente, envolta em polémica. É que Berlusconi e o seu advogado chegaram a ser acusados de enganar a filha menor do antigo proprietário, "ainda traumatizada pela morte do pai".
