Marine Le Pen, ex-candidata à presidência da França, falou sobre as posições do antigo avançado do Real Madrid, atualmente ao serviço do Al Ittihad, da Arábia Saudita.
Corpo do artigo
Marine Le Pen, política francesa que concorreu à presidência do país em 2012, 2017 e 2022, acusou o futebolista Karim Benzema de ter “uma simpatia pelo islamismo radical”.
No passado domingo, o avançado dos sauditas do Al Ittihad – que é orientado pelo treinador português Nuno Espírito Santo – fez uma publicação na rede social X, antigo Twitter, com uma mensagem de apoio aos habitantes de Gaza: “As nossas orações vão para o povo de Gaza, mais uma vez vítima de bombardeamentos injustos que não poupam nem mulheres nem crianças”, escreveu o jogador, de 35 anos.
Já na segunda-feira, Gérald Darmanin, ministro do interior da França, afirmou, numa entrevista ao canal de televisão “CNews”, que Benzema “tem ligações notórias com os irmãos muçulmanos”.
“Há vários anos que observamos que as posições assumidas por Benzema estão a ir em direção a um Islamismo ‘duro’, que consiste em difundir as normas islâmicas em diferentes áreas da sociedade, nomeadamente no desporto. O avançado recusou cantar “A Marselhesa” – hino nacional da França – com a seleção e fez proselitismo nas redes sociais em torno da fé muçulmana”, declarou Gérald Darmanin, quando questionado sobre o assunto pela “RMC”.
Num programa da rádio mencionada, Marine Le Pen abordou o tema. “Não tenho as informações precisas de Gérald Darmanin, mas o que é certo é que o Sr. Benzema, que já não vive em França, tem, claramente, uma simpatia pelo islamismo mais radical, que alguns podem falar de fundamentalismo islâmico. No entanto, nunca ouvi o Gérald Darmanin pedir a proibição da Irmandade Muçulmana”, salientou.
Hugues Vigier, advogado de Karim Benzema, já anunciou que vai apresentar queixa contra o ministro do interior da França por “informações falsas e insultos públicos”.