Benítez recorda breve passagem pelo Real Madrid: "Não nos deixaram ganhar"
Sem clube desde que deixou o comando do Everton, na temporada passada, Rafa Benítez recordou a sua passagem de três meses pelo banco do Real Madrid, na época 2015/16.
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Rafael Benítez, treinador que está sem clube desde que deixou o comando do Everton, na época passada, recordou esta sexta-feira os três meses que passou no banco do Real Madrid, na temporada 2015/16, em que acabaria por ser substituído por Zinedine Zidane, que haveria de orientar a conquista dessa edição da Liga dos Campeões.
O espanhol mostrou mágoa pela forma como a direção merengue decidiu a sua saída de forma tão repentina, especialmente tendo em conta a situação nada alarmante que a equipa atravessava na LaLiga e na fase de grupos da Champions.
"Na minha época no Real Madrid, não nos deixaram ganhar. Éramos os primeiros [do respetivo grupo] na Champions. Dentro da Champions que o Real ganha, nós fizemos o nosso trabalho. Na Taça, eliminaram-nos por um erro administrativo com Cheryshev [utilização irregular]. Na altura, pareceu que era culpa minha porque já não estava. A equipa era fisicamente superior aos rivais. Quando fui embora, estava a dois pontos do Barcelona, com um jogo a menos. Dois meses depois, estavam a 12 pontos do Barça", lembrou Benítez, em entrevista ao programa de rádio "El Larguero".
Benítez referiu ainda que, quando chegou à capital espanhola, o ambiente no Real Madrid estava longe de ser ideal, considerando ter sido um bode expiatório para a instabilidade interna que o clube vivia.
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"Quando chegámos a Madrid, Ancelotti tinha acabado de sair. Ele tinha uma relação muito boa com os jogadores e pareceu que tínhamos chegado com um chicote. Havia um ambiente desfavorável: a saída de Casillas, [a chegada de] Keylor Navas, o caso Benzema... Foram situações complicadas e quando tudo se complica, quem paga? Eu. Era preciso orientar Cristiano, sabendo como era. O problema é quando tens de orientar sete, sendo que alguns não jogam, não estão contentes e vão aos media reclamar", concluiu.
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