Lateral marroquino publicou, nas redes sociais, mensagens de apoio e desejo de uma vitória para a Palestina no conflito com Israel
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O Bayern tem um problema em mãos perante as recentes declarações do defesa Mazraoui, em apoio à Palestina no conflito com Israel, mas quer tratar dele frontalmente e cara a cara.
Depois de até um deputado alemão pedir ao governo a deportação do jogador e ao clube o seu afastamento imediato, o Bayern reagiu esta manhã em comunicado, informando ter abordado o jogador de imediato e agendado uma reunião para quando este regressar dos compromissos internacionais com Marrocos.
"Toda a gente, incluindo funcionários e jogadores, sabem quais são os valores que o Bayern defende. Já os expressámos publicamente e de forma inequívoca numa declaração logo após o ataque terrorista a Israel. Preocupamo-nos com os nossos amigos em Israel e estamos ao seu lado. Ao mesmo tempo, desejamos a coexistência pacífica de todos os povos do Médio Oriente", esclarece o clube.
"Não pensem que Alá fica indiferente àqueles que cometem injustiças. Apenas os atrasa até ao dia em que os seus olhos se congelem de horror. O meu coração está com todos vós. Continuem fortes e tomem conta de vocês. Vamos ultrapassar isto", escreveu Mazraoui no domingo.
O jornal alemão “Bild” acusou o jogador de ser um “apoiante do terrorismo” e, perante esta situação, Noussair Mazraoui viu-se obrigado a esclarecer as suas mensagens. “Antes de mais, gostaria de dizer que é realmente dececionante ter de explicar o que defendo. Há uma situação em que milhares de pessoas inocentes estão a ser mortas. A minha posição é que vou trabalhar pela paz e pela justiça neste mundo. Isto significa que serei sempre contra todos os tipos de terrorismo, ódio e violência. E isso é algo que apoiarei sempre. É por isso que não entendo o porquê de as pessoas pensarem o contrário sobre mim e associarem-me a grupos odiosos. Hoje, não se trata do que eu penso ou do que vocês pensam. Pessoas inocentes estão a ser mortas, todos os dias, por esse terrível conflito que saiu do controlo. Todos nós precisamos ser contra e falar contra isso. Isso é simplesmente desumano. Por fim, gostaria de deixar claro que nunca foi minha intenção ofender ou magoar alguém, consciente ou inconscientemente", garantiu o defesa.
O gigante de Munique também tem no seu plantel Daniel Peretz, guarda-redes israelita que chegou proveniente do Maccabi Tel Aviv no último mercado, além de ter sido em tempos denominado clube de judeus.