Batxi: "A vida é feita de mudanças, não sinto qualquer peso por estar na Rússia"
Batxi, de 25 anos, explica mudança para o Krasnodar.
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Com pleno de vitórias na Liga Russa, o Krasnodar é líder, na companhia do Spartak Moscovo, ao cabo de três jornadas. Em foco neste início de época surge o angolano Batxi, extremo formado no Benfica e que alcançou sucesso e reconhecimento no Chaves, embarcando para o futebol russo em 2022/23. O atacante, de 25 anos, marcou mesmo um golo no triunfo fora de portas, no terreno do Dínamo de Moscovo, por 3-1. A viver uma experiência muito diferente da que tinha em Portugal, Batxi avaliou o conforto numa nova realidade, não procurada por muitos, face ao contexto global.
"Acaba por ser diferente do que estava habituado a ver anteriormente. Um futebol também diferente, mas a vida é feita de mudanças e de uma adaptação a novos meios. Sentia-me e sinto-me preparado para reagir bem nestas mudanças", salienta Batxi, que encarou lesão difícil na temporada de estreia, encerrando com um contributo modesto de 16 jogos e três golos.
"Foi muito difícil, vinha com tudo e nunca tinha ficado de fora por lesão por tanto tempo. Até nisso a lesão acabou por me 'ajudar' ainda mais a ter que me adaptar e me ambientar o mais rápido possível. A recuperação foi bem feita, tudo a seu tempo e voltei mais forte", precisa Batxi, valorizando uma Liga russa, marginalizada no exterior e excomungada pela UEFA. "Acho a prova muito competitiva, diferente da portuguesa, mas uma liga boa. Em relação à equipa, encontrei o que estava à espera porque já ouvia falar da força do Krasnodar e isso confirmou-se mal cheguei. Tenho de destacar o Spertsyan, que é um jogador que, a meu ver, já não pode ficar na Rússia, está demasiado confortável por uma qualidade acima da média. Para ele chegou a altura de dar o salto", garante Batxi, falando do craque arménio que segue no clube. O avançado angolano não se sente diminuído pela presença numa Rússia proscrita do plano internacional.
"Não sinto qualquer peso, há uma tentativa de ocultarem o máximo de informação possível. Não vejo muitas notícias, concentro-me em jogar, já era assim em Portugal", declara, explicando o salto para a Rússia.
"A qualidade da Liga Portuguesa chega a todo o lado, há uma notória evolução, é aproveitada por outros campeonatos e a Liga Russa não foge à regra. Estou contente, apostado em marcar golos, fazer assistências e ganhar o máximo de jogos, também para a equipa melhorar a classificação da época passada, que foi o quinto posto", invoca, gabando o que foi feito pelo Chaves na temporada transata.
"Época quase perfeita! Nada que não esperasse da equipa, uma vez que vivi por dentro algum tempo o processo da Liga. Não se notaram as saídas porque a equipa sempre fez frente às adversidades e tornava-se mais forte. O mister Campelos fica marcado na minha carreira. Fez-me crescer imenso e desejo-lhe outra época de sucesso", documenta.