Joan Laporta chegou a acordo com diversas empresas árabes para a venda da exploração dos palcos VIP do Camp Nou, garantindo assim uma injeção de 100 milhões de euros
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O Barcelona deverá poder mesmo inscrever Dani Olmo e Pau Víctor na LaLiga para o que resta da época, com o jornal Marca a explicar que o presidente Joan Laporta chegou a acordo para a venda da exploração dos palcos VIP do Camp Nou, garantindo assim uma injeção de 100 milhões de euros.
Uma decisão de um Tribunal Comercial de Barcelona, na sexta-feira, deixou o maior clube de futebol da cidade contra as cordas no que se refere à utilização de Dani Olmo. A inscrição do médio campeão europeu pela Espanha e a de Pau Víctor ficaram suspensas, uma vez que os seus ordenados levam o Barça a exceder os limites do Fair Play Financeiro fixados pela liga espanhola.
O tribunal rejeitou a providência cautelar do Barcelona, que também interpôs outra num tribunal de primeira instância, cuja decisão será conhecida segunda-feira.
Agora, com esta solução encontrada por Laporta, o Barça salvaguardou a inscrição da dupla espanhola e, ao mesmo tempo, também já ganhou um novo fôlego para investir nos próximos mercados de transferências, inclusive já em janeiro.
O acordo em questão foi celebrado com diversas empresas árabes, depois de vários dias de negociações, faltando apenas a realização do pagamento. Mal o dinheiro chegue, os “culés” irão enviar a documentação necessária para inscrever Olmo e Víctor na LaLiga.
Certo é que os “blaugrana” têm de resolver este imbróglio até às 23h59 de dia 31, sob pena de a inscrição do jogador ser considerada inexistente, não podendo ser feita uma segunda vez na mesma temporada. Ou seja, Dani Olmo ficaria livre.
Há dias, o Barcelona consumou um acordo de patrocínio com a Nike, julgando com isso estar a salvo de problemas com o Fair Play Financeiro (FPF). Mas a entrada das verbas da marca desportiva será distribuída ao longo dos vários anos da duração do contrato, motivando a recusa da La Liga para aceitar esta fórmula para ultrapassar a questão do FPF.
Na origem do problema está a forma utilizada pelo Barça para se manter dentro das regras: ao contratar Szczesny para suprir a baixa prolongada de Ter Stegen (rotura de um tendão rotuliano, em setembro, que o manterá oito meses fora dos relvados) utilizou 80% do ordenado do guarda-redes alemão para pagar ao polaco. O que La Liga autorizou.
No caso de Olmo, o clube aproveitou a lesão prolongada do defesa dinamarquês Christensen para dar baixa do seu salário. Só que este agora está de volta e o clube contava usar os 20% remanescente do salário de Stegen para pagar a Olmo e a Víctor, além da verba relativa à Nike. O que La Liga rejeitou, motivando o recurso aos tribunais civis por parte do Barcelona.