Clube catalão não pode acrescentar mais um cêntimo à folha salarial do plantel dado que esgotou a margem com as aquisições de Dani Alves e Xavi e duas renovações
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É como se jogasse em dois tabuleiros. Em processo negocial com o Manchester City para a aquisição definitiva do avançado Ferrán Torres, tal como confirmou o treinador "citizen" Pep Guardiola, o Barcelona necessita de, em simultâneo, emagrecer o plantel culé para... incluir uma nova figura, para além de Dani Alves.
Na apresentação do veterano ala brasileiro, em novembro último, Mateo Alemany, diretor desportivo do Barcelona, assumiu que o clube catalão precisaria de, caso quisesse contratar no próximo defeso, proceder à venda de atuais jogadores para ser capaz de cumprir os regulamentos de gestão económica da La Liga.
"Agora não sobra margem de fair-play financeiro para comprar em janeiro", disse, taxativamente, o responsável blaugrana, aludindo ao facto de a massa salarial do emblema ter atingido o máximo com a aquisição de Dani Alves, de Xavi Hernandez (e staff) e ainda as renovações de Ansu Fati e Pedri.
Ou seja, o Barcelona não pode acrescentar mais um cêntimo à folha salarial do plantel principal enquanto não transferir um atleta para dar lugar a Ferrán Torres, cujo negócio poderá ser feito a rondar uma verba de 50 milhões de euros, mais variáveis.
Como tal, a direção blaugrana, enquanto procura convencer o Manchester City e, inclusive, Ferrán Torres - trabalho que não deverá ter entraves - o jogador evidencia insatisfação no emblema inglês, como disse Guardiola -, segue em "campo" para baixar o nível remuneratório do grupo.
Segundo a Imprensa desportiva espanhola, os defesas Umtiti e Dest e os avançados Coutinho e Luuk de Jong estão na porta de saída de Camp Nou. Alguns deles, como Umtiti e Coutinho são "repetentes", mas o salário auferido e o rendimento demonstrado no passado recente inviabilizaram eventuais negócios.
Em suma, a luz verde à inscrição de Torres para o Barcelona não será "dada" por nenhum dos clubes ou até do jogador espanhol, mas sim de... Javier Tebas, atual presidente da La Liga, conhecido por seguir as regras bem à risca. Ou, caso contrário, Messi ainda estaria a jogar na Catalunha.