Clube brasileiro pretende assim chamar a atenção para o desastre ambiental que se vive nas praias da região
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O Bahia defronta esta segunda-feira o Ceará, em jogo da 27ª jornada do Brasileirão, no que não será apenas mais um jogo para aquele clube. Os jogadores envergerão camisolas "manchadas" com pretóleo, iniciativa que visa chamar a atenção para o derrame de petróleo que desde 2 de setembrio têm poluído as praias daquele estado do Brasil.
As autoridades da Bahia, localizado na região nordeste e um dos mais turísticos do Brasil, declarou em meados de outubro o estado de emergência depois de várias de suas praias terem sido contaminadas por resíduos de petróleo derramados no mar. Segundo o Governo brasileiro cerca de 20 praias do estado da Bahia foram poluídas pelo derrame de petróleo de uma fonte desconhecida.
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De acordo com a Marinha do Brasil, as manchas de petróleo no mar e nas praias já mataram tartarugas marinhas, pássaros, golfinhos e crustáceos. Segundo especialistas, o petróleo nas águas do Atlântico da costa brasileira ameaça espécies animais, algumas delas em risco de extinção como o peixe-boi, e pode contaminar a cadeia alimentar.
As autoridades do país já determinaram que o petróleo não é de origem brasileira.
Na quarta-feira, a companhia estatal Petrobras informou que já retirou 200 toneladas de resíduos misturados em areia das áreas atingidas pelo petróleo. A estatal petrolífera também afirmou que o custo da limpeza será "compensado" quando os responsáveis pelo derramamento forem identificados.
No domingo, em conferência de imprensa, no Recife, o comandante das operações navais da Marinha, Leonardo Puntel, adiantou que desde 02 de setembro foram recolhidas de todas as praias do Nordeste mais de 500 toneladas de petróleo misturado com areia.
Segundo as autoridades ambientais de Pernambuco, 71 toneladas foram retiradas das praias do estado entre quinta-feira e domingo.
As praias são o grande atrativo do turismo de Pernambuco, nomeadamente Porto de Galinhas, que recebe anualmente em média 1,2 milhões de turistas, sobretudo brasileiros (70%), mas também estrangeiros (30%) sobretudo argentinos, uruguaios e portugueses (5%).