Alipour, antigo avançado do Marítimo e Gil Vicente, regressou ao Irão e é goleador da liga, ao serviço do Persepolis. Já sonha com o próximo Mundial
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Após passagens por Marítimo e Gil Vicente, um total de 16 golos marcados em Portugal, também condicionado por uma lesão grave na falta de melhores números, Alipour tem sorrido no seu regresso ao Irão como avançado do Persepolis, conseguindo mesmo regressar à seleção e ajudando já nos últimos compromissos da equipa, que selaram apuramento para o próximo Mundial.
Apesar da luta difícil pelo campeonato, o ponta-de-lança caminha para ser o artilheiro da competição, com um total de 10 golos. "Foi ótimo regressar, os adeptos do Persepolis são incríveis e apoiam-me imenso. Passei fantásticos momentos com eles e, juntos, fomos a uma final da Liga dos Campeões Asiática e fizemos o pentacampeonato. Jogar por eles é sempre uma grande motivação. Ter um total de 14 golos na época também me enche de satisfação", destaca o avançado de 29 anos, comemorando a passagem por Portugal. "Foi uma grande experiência, que exaltou o meu valor no mercado futebolístico, junto de treinadores e colegas, também dos fãs, com histórias bonitas em muitos estádios. Tive todo o apoio necessário e acredito que poderei regressar em breve se chegarem boas propostas. Mas, para já, foco total no Persepolis", sublinha Ali Alipour, olhando ao que foram as duas etapas, na Madeira e Barcelos. "O Marítimo foi difícil de início, deram-se mudanças de treinador, mas apreciei muito a força dos adeptos e do presidente Carlos Pereira. Uma grande família. É triste ver que uma estrutura forte caiu e que o clube se encontra na 2.ª Divisão, mas o Marítimo levantar-se-á porque é um clube adorado por muita gente", acredita, elogiando também quem apostou nele no Gil Vicente. "Aprecio muito o que fizeram por mim o Tiago Lenho e Pedro Albergaria. E tenho de destacar os colegas, que estiveram sempre comigo em momentos difíceis nas cirurgias e nas recuperações", invoca o avançado, ciente que fugiu a moda do iraniano vir para Portugal, após o efeito Taremi. "Eu aviso sempre alguns colegas para experimentarem o futebol português. Foi uma grande escolha que fiz depois de Mehdi, que havia sido meu colega no Persepolis e na seleção. Acho que estivemos cerca de dez num curto período de tempo", vinca.
Alipour relata ainda as visitas de Ronaldo nos últimos anos ao Irão para confrontos com o Persepolis. "O povo iraniano vive e respira futebol, ama de paixão. Claro que a visita do Al Nassr com o Ronaldo foi algo incrível, acho que se percebeu como o respeitam e glorificam, mesmo que a Arábia Saudita seja uma liga distante da nossa vista. Posso dizer que aquilo que me fez sair do Irão, sem hesitar, para o Marítimo, foi a Madeira ser a terra de Ronaldo", lembra. "Um grande ídolo pela sua dedicação e capacidade de trabalho, um modelo de super atleta", atira Alipour, esperançando em jogar pelo Irão no próximo Mundial. "Foi boa esta mudança, tenho marcado golos, lidero a lista de goleadores no Irão, joguei a Champions da Ásia, sendo que estamos a um ano do próximo Mundial. Penso que tudo isto me tem beneficiado. Espero continuar assim", remata.