Extremo do Manchester City e da Seleção Nacional falou sobre o que mudou no espaço de uma época e olha para o Mundial com otimismo.
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Bernardo Silva é hoje um jogador muito diferente daquele que, em 2017, deixou o Mónaco para rumar a Inglaterra. Volvida uma época desportiva, o extremo chega à Seleção Nacional com o título inglês no bolso e mais de meia centena de jogos realizados num "super" Manchester City, sob o comando de Pep Guardiola. Em entrevista ao Expresso, o jogador português explica o que mudou.
"Sinto-me diferente e melhor. Por exemplo, o sistema tático do Mónaco era muito diferente do sistema do City e da Seleção - mas até era mais parecido ao da Seleção, porque era 4-4-2 tanto no Mónaco como na Seleção, e hoje é 4-3-3 no City. Portanto, isso muda logo bastantes coisas. Neste momento, jogando num sistema diferente, sinto que tenho de ter uma capacidade de adaptação bastante melhor para estar bem cada vez que venho à Seleção", afiançou Bernardo, antes de comparar os estilos distintos de Guardiola e... Fernando Santos:
"O futebol, como diz o Fernando Santos, é muito simples: o objetivo é ganhar, e se marcarmos mais golos do que o adversário ganhamos. Seja qual for a equipa com quem se joga, a filosofia do Guardiola é que a nossa equipa tente controlar o jogo e passe o máximo de tempo possível com a bola. Quando tens a bola podes controlar o jogo e estás mais próximo de fazer golo. É isso que tentamos fazer, sempre de forma objetiva e a criar problemas ao adversário", prosseguiu o jogador de 23 anos, que estava na piscina quando soube que tinha sido convocado para o campeonato do Mundo e lembra com mágoa a lesão que o tirou do Europeu de 2016.
"Ia ser a minha primeira grande competição com a Seleção, falhar o campeonato da Europa foi duro", afirmou Bernardo Silva, que não esconde o otimismo em relação à participação portuguesa no Mundial:
"Acreditamos que podemos ganhar, sabendo que não somos favoritos, porque tanto historicamente como olhando para outras seleções temos noção que o Brasil, a Espanha, a França e a Alemanha partem como favoritos. Mas, no Europeu, Portugal também não era favorito e ganhou. Portanto, vamos dar o nosso melhor, sabendo que é muito difícil mas que vamos entrar em todos os jogos para ganhar", rematou.