Artur Jorge, treinador do Botafogo, foi homenageado esta quinta-feira pela autarquia de Braga e pela FPF, recebendo das mãos de Fernando Gomes o prémio Quinas de Ouro, pelas recentes conquistas da Taça dos Libertadores e do Brasileirão
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Regressar a Portugal? “Não, regressar a Portugal não é a minha intenção neste momento. Sinceramente, nesta altura estou muito feliz e fui muito feliz onde estive. Há de facto outras possibilidades e outras propostas que podem fazer algum sentido, mas nesta altura é tudo muito prematuro, falarmos sobre aquilo que é o futuro.”
Está nomeado para o prémio de melhor treinador da América do Sul, é mais um prémio em vista: “Sim, é muito importante também, tendo em conta aquilo que eu ganhei. Não sei se cá passou ou não, mas ganhei o prémio de melhor treinador do Brasileirão também este ano, de 2024, mas como foi entregue no meio da festa do campeonato, se calhar passa um bocadinho despercebido, mas foi o prémio que eu venci lá, como o melhor técnico do ano de 2024. Tenho agora essa competição, em que aquilo que fiz está feito, portanto não posso fazer mais nada. Tenho os nomes do selecionador da Argentina e do Paraguai em competição, o treinador do Peñarol também. Vamos ver para poder perceber se de facto será também aí mais um momento bom para mim, mas digo sempre que, mais importante do que aquilo que posso dizer para mim, que está sempre muito importante, é aquilo que nós conseguimos coletivamente, aquilo que conseguimos levar para o Botafogo. Não só a conquista de um título inédito como a Copa Libertadores o é, mas também o regresso, 30 anos depois, a ganhar um campeonato brasileiro. “
Como tem visto o campeonato português? “Tenho visto muito igual àquilo que tem sido nos anos anteriores também, há três equipas que são claramente as mais fortes e que vão disputar o título de campeão nacional. As mudanças fazem parte daquilo que é o ciclo da vida dos treinadores e dos próprios clubes, portanto é isso que acontece cá, no Brasil, em todo lado. Recordo que nós no Brasil tivemos numa altura, nesta temporada, seis treinadores portugueses, terminámos com dois. A verdade é que aquilo que acompanho também é naturalmente por ser o meu país, por serem os clubes que eu gosto de acompanhar, por acompanhar o meu filho, que também joga na Liga Portuguesa, portanto mantenho a regularidade de acompanhar também no tempo que tenho para fugir daquilo que é olhar para o Brasileirão e para as equipas que tínhamos na Copa e Copa Libertadores e olhar também para aquilo que é o campeonato português, porque é de facto a minha casa, é onde aquilo... os valores e os princípios que tenho foram passados e conquistados exatamente nesta Liga Portuguesa.”