A seleção das pampas conquista o Campeonato do Mundo pela terceira vez na sua história e sucede aos gauleses, que triunfaram em 2018, na Rússia.
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A Argentina é a nova campeã do Mundo. Na final do Mundial do Catar, a formação das pampas bateu a França no desempate por grandes penalidades por 4-2 (3-3 foi o resultado após prolongamento) e conquistou, pela terceira vez na sua história, o cetro mais desejado nas competições de seleções, depois dos triunfos de 1978, na Argentina, e 1986, no México.
No Lusail Stadium, a aposta do técnico Lionel Scaloni em Ángel Di María para o onze inicial da turma albiceleste não podia ter sido mais certeira. Para surpresa de todos, o extremo da Juventus apareceu a atuar na faixa esquerda e, à passagem dos 21 minutos, já depois de Alexis Mac Allister, aos 5", e Rodrigo de Paul, aos 8", terem deixado o aviso, foi derrubado dentro da área por Ousmane Dembélé, num lance bastante polémico, mas que não deixou dúvidas ao árbitro polaco Szymon Marciniak. Da marca dos 11 metros, Lionel Messi - que se tornou o futebolista com mais jogos disputados (26) em Campeonatos do Mundo - não tremeu e apontou o sexto golo da conta pessoal nesta edição do certame intercontinental, o quarto de penálti.
Já depois da meia hora do encontro, aos 36", numa jogada de contra-ataque desenhada na perfeição, a Argentina chegou ao segundo. Lionel Messi desmontou a defensiva francesa com um toque mágico, Julián Álvarez lançou Alexis Mac Allister na profundidade e o médio do Brighton & Hove Albion, com visão periférica, descobriu Ángel Di María, solto de marcação, do lado oposto. No frente a frente com o capitão Hugo Lloris, o jogador de 34 anos dilatou a vantagem dos sul-americanos.
Ainda antes do intervalo, Didier Deschamps, que via a sua equipa com muitas dificuldades para assentar o seu jogo e chegar a zonas de finalização, promoveu duas alterações, com Marcus Thuram e Randal Kolo Muani a entrarem para os lugares de Ousmane Dembélé e Olivier Giroud.
Na segunda parte, o conjunto "bleu" foi à procura de reverter os acontecimentos e, no espaço de dois minutos, chegou à igualdade, com Kylian Mbappé a bisar. Aos 80", o astro do Paris Saint-Germain reduziu de grande penalidade, castigando uma falta de Nicolás Otamendi sobre Randal Kolo Muani, e, no minuto seguinte, fez o empate, numa execução em vólei sublime, após assistência de Marcus Thuram.
Foi então necessário recorrer ao prolongamento e, nesse período, a emoção não abrandou, bem pelo contrário. Aos 105 minutos, Dayot Upamecano, com uma fabulosa interceção em carrinho, "ofereceu o corpo às balas" e evitou que a Argentina marcasse o terceiro. Pouco depois, aos 108", Lionel Messi, na recarga a um primeiro remate de Lautaro Martínez que Hugo Lloris parou, bisou no desafio e colocou a congénere argentina novamente na frente. Ao minuto 118, Kylian Mbappé, novamente de penálti, alcançou o hat-trick, chegou ao oitavo tento no Mundial - foi o melhor marcador desta edição da prova - e deixou o resultado empatado a três bolas.
Sem se determinar um vencedor ao fim de duas horas de um espetáculo memorável, a decisão por grandes penalidades teve de entrar em cena. No derradeiro veredicto, a Argentina foi mais eficaz e levou o troféu.
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