Argentina ameaça não ir à Venezuela para o Sul-Americano de sub-20 e pressiona a CONMEBOL

A Argentina ameaçou não se apresentar no Campeonato Sul-Americano de Sub-20, que se realiza no final deste mês na Venezuela, alegando receio de que os jogadores sejam raptados ou detidos.

O torneio estava programado inicialmente para o Peru, mas foi alterado para a Venezuela pela CONMEBOL.

Argentina e a Venezuela estão a atravessar uma crise diplomática, com constantes trocas de acusações entre os governos de Nicolás Maduro e Javier Milei. Recentemente, um agregado militar da Argentina naquele país foi detido, agravando a situação, sendo que a Argentina já retirou a sua representação diplomática da Venezuela.

A ministra argentina Patricia Bullrich afirmou esta quarta-feira que a seleção orientada por Diego Placente não vai à Venezuela e pressionou a CONMEBOL a mudar a sede: "É uma decisão, porque depois do que nos aconteceu não sabemos o que nos vai acontecer. Pode-se realizar um Campeonato Sul-Americano na Venezuela? Terão de mudar o local, a CONMEBOL terá de pensar nisso. A Argentina vai enviar pessoas e rapazes que podem ser sequestrados? Que diferença pode haver entre ter detido um jogador de futebol, que pode ser um jogador muito importante, e um polícia? Podem acusá-lo de qualquer coisa: 'A Argentina enviou entre os jogadores de futebol um que era polícia', e ele é apanhado. Portanto, é um risco."

Contudo, a AFA, federação argentina de futebol, fez saber que mantém a intenção de viajar. "Estamos a preparar-nos para ir e é assim que vai ser, como fizemos recentemente com a equipa principal nas eliminatórias para o Mundial'2026. Continuamos nessa linha e não nos vamos envolver em questões de política internacional", disse fonte da AFA ao jornal Olé.