Convicção de Carlos Herrera, que surpreendeu em janeiro ao anunciar a sua candidatura à presidência da Federação Espanhola de Futebol (RFEF)
Corpo do artigo
Carlos Herrera, candidato à presidência da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), que vai a eleições no dia 24 de maio, considerou esta terça-feira que uma forma de melhorar a eficácia do sistema de videoarbitragem (VAR) seria trocando os árbitros que o controlam por antigos colegas de profissão e ainda... jogadores.
“Os árbitros no ativo não deveriam estar no VAR. Há árbitros muito capacitados que não estão no ativo, com uma grande experiência e que poderiam retirar alguma dureza ao VAR. Creio que teria que estar um jogador, porque os jogadores veem coisas que nós não vemos. Eles já jogaram futebol e sabem a intenção que tem um desarme ou uma mão. O VAR deve julgar jogadas factuais, ou seja, não pode ser um instrumento que pare para interpretar ações que os árbitros podem fazer”, defendeu, em entrevista ao jornal Marca.
O locutor de rádio, que surpreendeu no mês passado ao anunciar a sua intenção de liderar a RFEF, presidida de forma interina por Pedro Rocha desde a suspensão do antigo presidente do órgão, Luis Rubiales, em agosto de 2023, explicou ainda o que levou a assumir esta candidatura.
“Há muito tempo que tenho tudo planeado. Vejo a RFEF como um gigante adormecido e penso que precisa de uma regeneração, de uma refundação que seja feita de forma simples, honesta e sem alarido. O que a Federação menos precisa agora é de alarido, de grandes palavras e grandes definições. O que precisa é de trabalho simples e regenerativo”, vincou.
Recorde-se que Rubiales apresentou a sua demissão em setembro de 2023, depois de ter sido suspenso pela FIFA face ao escândalo que protagonizou nos festejos da conquista de Espanha do último Mundial feminino, quando beijou de forma não consentida a jogadora Jenni Hermoso.