Árbitro da Liga dos Campeões já foi detido numa rusga de droga e prostituição
O esloveno Slavko Vincic vai apitar o Bayer Leverkusen-Bayern desta terça-feira e o Daily Mail revelou detalhes de quando foi detido em 2020, durante uma festa na Bósnia-Herzegovina
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O árbitro esloveno Slavko Vincic, que apitar o jogo desta terça-feira entre o Bayer Leverkusen e o Bayern (20h00), da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, foi detido e posteriormente libertado em 2020, durante uma rusga conduzida no âmbito de uma operação policial que visava uma rede criminosa de tráfico de droga e prostituição na Bósnia-Herzegovina.
Os detalhes dessa história foram revelados esta terça-feira pelo jornal Daily Mail, que refere que o árbitro de 45 anos, que apitou a final da Liga dos Campeões da época passada, acabou detido em Bijeljina depois de ter sido convidado para essa festa com vista a um almoço empresarial.
O principal alvo dessa rusga policial foi Tijana Maksimovic, então suspeita de liderar uma rede de prostituição na Bósnia, que acabou por declarar-se culpada de aliciamento internacional de prostituição, sendo-lhe proposto um ano de prisão.
Já na festa em questão, as autoridades detiveram um total de nove mulheres e 26 homens, incluindo o árbitro, e apreenderam quatro pacotes de cocaína, dez pistolas, três coletes anti balas e o equivalente a cerca de dez mil euros.
Vincic viu-se envolvido nestas detenções, mas não foi acusado de estar diretamente envolvido na rede criminosa, tendo sido interrogado na qualidade de testemunha antes de ser libertado pelas autoridades bósnias.
“Eu dei por mim neste rancho por acaso. Eu tenho a minha própria empresa e estava na Bósnia-Herzegovina por causa de uma reunião de negócios. Aceitei um convite para almoçar, o que acabou por ser o meu maior erro, do qual me arrependo. Estava sentado numa mesa com companhia e, de repente, a polícia entra e aconteceu o que aconteceu. Eu não tenho nada a ver com o grupo que foi detido e preso, nem os meus parceiros de negócios. Sim, a polícia levou-nos e fez-nos perguntas enquanto testemunhas, mas afinal nós nem os conhecíamos e pudemos ir embora”, explicou o árbitro na altura à imprensa do seu país.
Vlado Sajn, presidente da Associação de Árbitros de Futebol da Eslovénia, também saiu em defesa do juiz, reiterando que Vincic nunca foi suspeito de ter cometido qualquer tipo de crime.
“De acordo com a informação que recolhemos de fontes oficiais e não oficiais e do próprio Slavko, ele não é suspeito de nada, não houve qualquer processo a ser instaurado contra ele. Ele encontrou-se neste lugar à hora errada e foi convidado para uma festa com um grande número de pessoas, sendo que não conhecia a vasta maioria. Houve uma rusga, 15 pessoas foram detidas e todas as outras foram alegadamente levadas para a esquadra policial para falarem enquanto testemunhas. Slako já está na Eslovénia e considero esta história como uma rede de circunstâncias infelizes”, comentou.