Apesar das críticas, Ronaldo vinca: "Continuo a amar o Manchester United"
Declarações de Cristiano Ronaldo em conversa com Rio Ferdinand, antigo colega no Manchester United, em direto para o seu canal de Youtube "UR Cristiano"
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Forma amarga como deixou o Manchester United em 2022: “Se estava certo ou errado... isso já não é um problema meu. Eu digo o que tenho a dizer e para mim está feito, mas o que desejo ao United é o que desejo a mim, o melhor, que possam fazer a melhor equipa possível e adoro aquele clube. Não sou o tipo de pessoa que esquece o passado e quando voltei ali fiquei muito feliz. Fui um dos melhores marcadores na minha primeira época, com 37 anos fui o terceiro melhor marcador da Premier League, marquei em todos os jogos da fase de grupos [dessa edição da Liga dos Campeões], mesmo na Liga foram 17 ou 18 golos... O United tem de reconstruir tudo na minha opinião. O treinador disse há dias que não podiam competir pela Liga e Champions. Imaginem o treinador a dizer isso ao grupo... não podes dizer isso. Mentalmente podes pensar: ‘Se calhar não temos esse potencial’. Mas tens de tentar”.
Acha que a cultura do United mudou, no sentido em que a exigência por títulos diminuiu? "Talvez, mas este clube precisa de tempo para se reconstruir, continua a ser um dos grandes clubes do mundo, mas precisa de mudança. Eles sabem disso, começaram a reestruturar as infraestruturas e a gerência do clube, investiram no centro de treinos e fico contente, não pela forma como tudo aconteceu, mas há coisas na vida que não podemos controlar. Está feito e repito, continuo a amar o United e desejo-lhes o melhor”.
Garnacho e Hojlund são dois dos jogadores mais promissores da equipa: “Eu acredito que o futuro deles será brilhante, mas eles não dependem apenas do talento, é mais do que isso, é todo o clube que tem de ser reconstruído do zero, senão não conseguirá competir. Pode vencer uma Taça da Liga, mas uma Champions, Premier League ou Liga Europa é difícil. Gostava de estar errado, mas será difícil”.
Como é dar conselhos aos jogadores mais jovens? Eu não gosto de mencionar nomes, mas lembro-me de que quando tinha 18 anos no United vi muitos exemplos: Gary Neville, tu, Roy Keane. Eu via o que vocês faziam de melhor e criava a minha própria personalidade, o meu próprio estilo. Os jogadores de agora não fazem isso”.