António Oliveira: "Importante é as pessoas servirem mais ao Corinthians..."

O Corinthians, de António Oliveira, empatou na madrugada desta quinta-feira com o Cuiabá, de Petit (1-1), num duelo de treinadores portugueses relativo à 12.ª jornada do Brasileirão. 

No final da partida, que foi a sexta consecutiva em que o “Timão” não vence, Oliveira foi abordado sobre a importância deste mercado para inverter o momento de forma da sua equipa, com o técnico a adotar um discurso pessimista, pedindo para os adeptos não sonharem com reforços sonantes. 

“Ajustem as expectativas. Não vai chegar aqui o Neymar, Marquinhos, Paquetá... Se calhar, não teremos o que me prometeram e a janela vai ser completamente diferente. Veremos as oportunidades que o mercado dá para termos uma equipa mais competitiva", começou por dizer, em conferência de imprensa. 

Quanto ao risco que o seu lugar corre, fruto da posição delicada do Corinthians no campeonato - é 18.º classificado, com nove pontos – o treinador português remeteu a resposta para a direção do clube, dizendo que só controla as suas próprias decisões. 

“Essas situações precisam de perguntar ao Fabinho [diretor desportivo], ao presidente... Eu faço o que controlo. Experimentem outra pergunta, pois não vou entrar nisso. Já disse ao Fabinho e ao presidente que estou muito seguro do que faço, sei como cheguei até aqui. Tem sido um trabalho árduo, apaixonante, mas não achei que faria tanta coisa que vai além da minha competência técnica. Nós temos de conseguir moldar as expectativas de um clube desta dimensão, entender o que nos pode oferecer. Mas assim como quando pude sair e continuei, estou apaixonado pelo projeto, pelo clube. Da mesma forma, com uma crença enorme, vou em frente, acreditando nos meus jogadores", completou. 

A concluir, António Oliveira anteviu o clássico que terá contra o bicampeão Palmeiras, do também português Abel Ferreira, na próxima jornada do Brasileirão, na madrugada de terça-feira (00h00), com uma reflexão sobre a diferença interna entre ambos os clubes. 

"Todos os clássicos são importantes e possuem uma carga emocional histórica. Sabemos que o clube ainda procura e que vai demorar muito para que essa estabilidade venha. Importante percebermos que é cada vez mais importante as pessoas servirem mais ao Corinthians do que se servirem dele. Quando perceberem isso, o Corinthians vai caminhar no momento certo", rematou.