Antigo internacional inglês confessa: "A minha mulher faz-me testes de drogas"
Chris Kirkland foi guarda-redes no Liverpool e fez um jogo pela Inglaterra
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Protagonista de uma transferência assinalável do Coventry para o Liverpool em 2001, com apenas 19 anos e por mais de oito milhões de euros, um valor considerável na altura, Chris Kirkland vive dias difíceis.
Já retirado das competições, o antigo internacional inglês (fez um jogo pela Inglaterra) confessou problemas de adições.
Quando assinou pelo Sheffield Wednesday, em 2012, os problemas começaram. Kirkland já arrastava problemas de lesões. "Dois dias antes da minha estreia lesionei-me, mas pensei logo 'tenho de jogar'. As pessoas já estavam a dizer 'Porque é que o trouxeram? Ele nunca está em forma', e não foi esse o caso. Arranjei uns comprimidos e pensei 'vou usá-los quando viajar' e isso agarrou-me rapidamente. Qualquer vício o faz e é um declive muito escorregadio. A dose recomendada de tramadol é de 400 miligramas por dia, mas nos piores dias tomei 2500, juntamente com solpadine e co-codamol", assumiu.
Em 2016 conseguiu ver-se livre dos medicamentos, mas teve uma recaída em 2019 e outra novamente durante a pandemia de covid-19. Agora, limpo de novo, explicou que a mulher lhe "faz testes de despistagem de drogas" de forma aleatória: "A primeira vez não foi assim tão má, foi como ter uma constipação durante dois dias. Pensei 'bem, já fiz isso'. Mas desta vez foi muito pior. Não desejava aqueles primeiros sete ou oito dias a ninguém. Tive alucinações, suores constantes, frio, vómitos, dores e cãibras por todo o corpo. Não dormi durante cinco ou seis dias, basicamente."
"Leona [esposa] dormia no quarto ao lado, porque eu dava voltas na cama e ela entrou para ver se eu ainda respirava. É perigoso e não é recomendado, mas eu não queria abrandar, simplesmente não o fiz. Não quero pôr outro comprimido na boca. Os segundos parecem horas, mas consegui. Quando se passa a marca dos seis ou sete dias, é preciso começar a trabalhar de novo. Os duches gelados ajudam, os banhos, as caminhadas ajudam. Depois, é uma questão de preparar as coisas para não ter uma recaída. Noventa e cinco por cento do tempo estou muito bem", conclui.
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