Antigo CEO do Inter: "Mourinho fugiu na noite da vitória e eu nunca vou perdoá-lo por isso"
Ernesto Paolillo, em declarações ao "Calciomercato", recordou a saída do treinador português, garantindo que nunca o irá perdoar pela decisão tomada.
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José Mourinho deixou o Inter no final da época de 2009/10, na qual conquistou Serie A, Taça de Itália e Liga dos Campeões, para rumar ao Real Madrid.
O CEO do Inter da altura, Ernesto Paolillo, em declarações ao "Calciomercato", recordou a saída do treinador português, garantindo que nunca o irá perdoar pela decisão tomada.
"O meu maior arrependimento foi não ter seguido a minha ideia, que era desmontar uma equipa que estava a ganhar, mas cansada e vazia. E Mourinho, que sabia disso, fugiu na mesma noite, da vitória [da Liga dos Campeões, no Estádio Santiago Bernabéu], e eu nunca vou perdoá-lo por isso", começou por contar.
"Eu estava convencido que a equipa tinha de ser desmontada também por razões éticas, porque não se pode ganhar uma Liga dos Campeões e ir à frente das câmaras para pedir um aumento [n.d.r.: Diego Milito]. Mas [Massimo] Moratti [n.d.r.: presidente do Inter na altura] disse-me: "O que acontece se não ganharmos depois de desmontarmos a equipa e os adeptos me culparem?"", continuou.
O treinador que se seguiu a José Mourinho foi Rafael Benítez, mas o mesmo não foi a escolha de Ernesto Paolillo, mas sim do presidente. Paolillo recorda que, já na altura, queria Antonio Conte no comando técnico dos nerazurri.
"Achei que seria bom começar de novo e com um treinador diferente do Benítez, que poderia construir e trabalhar uma nova equipa. Qual era a minha ideia? Conte, e ele lembra-se disso. Tínhamos falado depois de um jogo do Inter, estávamos a conversar e eu atirei essa ideia para o ar. Ele tinha ideias claras. O verdadeiro problema é que nessa altura o presidente não queria trazer um antigo jogador da Juventus para os adeptos, depois [da saída] de Mourinho", concluiu.