Antero Henrique antes do PSG-Real Madrid: "Acontece-nos tantas vezes porquê?"
Diretor desportivo do clube francês pede um árbitro de "nível excecional" para o grande duelo da segunda mão dos oitavos de final da Champions.
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A segunda mão dos oitavos de final da Champions entre PSG e Real Madrid já se joga fora das quatro linhas. A dois dias do encontro de Paris, onde a formação francesa vai tentar virar a derrota por 3-1 no Bernabéu, Antero Henrique deixa uma espécie de recado à UEFA, deixando um pedido público: "um árbitro de nível excecional". A arbitragem de Madrid, bastante contestada pelo PSG, ainda não foi esquecida. "Não é apenas neste jogo. Na temporada passada ocorreu o mesmo (derrota por 6-1 em Barcelona). A pergunta é importante: 'Acontece-nos tantas vezes porquê?'. Todos dizem que é o jogo da época. Então precisamos de um dos melhores árbitros. Tivemos um árbitro de 44 anos e sem muita experiência internacional (Rocchi). Só se veem os currículos. Queremos um árbitro de nível excecional, já que as duas equipas são de nível excecional. É o que pedimos. Falar de respeito é muito forte, mas questiono-me se os árbitros estão preparados adequadamente para trabalhar ao nível atual, que é muito alto. As pessoas falam das nossas qualidades, mas o que marca a diferença? Vejo o que já nos aconteceu duas vezes...", afirmou o diretor desportivo do PSG, numa entrevista ao "L'Equipe".
O português, que exerceu funções no FC Porto, espera um dia de festa. "É o jogo que todos esperamos. E não apenas pelo jogo. Todos queriam jogar esta partida. Estamos muito motivados: os adeptos, a equipa, a comunicação social... É um evento muito importante para o PSG e para a cidade. Juntos vamos conseguir. Quero todos com o PSG. Lançamos uma campanha para que todos andem com a camisola e bandeiras pela cidade. Seria interessante ver a capacidade de mobilização da cidade em torno do PSG", apontou, desejando mesmo que a excitação se propague por toda a França. "O PSG é um clube de França. Não há outro clube em França na mesma situação. É normal que cada um tenha a sua equipa, mas quando um clube representa a França, como o Mónaco na época passada nas meias-finais, é como se fosse uma equipa nacional. Agora o PSG é a equipa nacional. Precisamos de milhões de seguidores, sentir a energia e a ambição dos adeptos. Estou otimista e vamos ter um Parque (dos Príncipes) de energia", encerrou.