Treinador do Tottenham visou um artigo da imprensa inglesa que apontou a final da Liga Europa desta quarta-feira, frente ao Manchester United de Rúben Amorim, como um jogo que ditará se Postecoglou será visto como um "herói ou um palhaço" nos "spurs"
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Um dia antes de defrontar o Manchester United (esta quarta-feira, às 20h00), treinado pelo português Rúben Amorim, na final da Liga Europa, Ange Postecoglou, técnico do Tottenham, vincou em conferência de imprensa que, independentemente de conquistar esse título ou não, nunca será um “palhaço”.
A completar uma época semelhante à do United, o Tottenham segue na 17.ª posição da Premier League e fixou um novo recorde negativo de derrotas no campeonato, o que motivou um artigo na imprensa inglesa que aponta esta final – vencedor qualifica-se para a próxima Liga dos Campeões - como um jogo que ditará se Postecoglou é um “herói ou palhaço” aos olhos dos “spurs”.
Com o seu futuro em dúvida, o treinador greco-australiano não esqueceu essa frase e, à primeira oportunidade que teve para reagir a uma reflexão semelhante, ainda que menos frontal, não hesitou em repudiá-la.
“Vou dizer-vos uma coisa, independentemente de amanhã [esta quarta-feira], não sou um palhaço e nunca o serei. Estou realmente desiludido por terem usado uma terminologia destes sobre alguém que, durante 26 anos, sem favores de ninguém, trabalhou até chegar a uma posição em que lidera um clube numa grande competição europeia. Que tenham sugerido isso de alguma forma, de que se não tivermos isso significa que sou um palhaço, nem sei como responder a essa questão”, criticou.
Já sobre o seu futuro, Postecoglou deixou no ar a possibilidade de deixar o Tottenham mesmo que vença a Liga Europa, quebrando uma seca de títulos no clube que dura desde 2008, mas admitiu que sente que ainda tem trabalho por fazer nos londrinos.
“Eu não seria a primeira pessoa a mudar de trabalho, acontece com todos. O meu futuro está assegurado, tenho uma família linda, uma bela vida e vou continuar a vencer títulos até acabar, seja onde for, por isso não estou preocupado com o meu futuro. Eu não me ‘stresso’ com isso, durmo bem à noite, mas não penso que o meu trabalho aqui esteja acabado. Sinto que estamos a construir alguma coisa e o que esperamos é que um título acelere isso. Penso que ainda há muito trabalho por fazer, isso foi bastante óbvio com os desafios que tivemos esta época, mas também há algum crescimento que eu gostaria de completar. Se isso vai acontecer não é importante neste momento, mas sinto que podemos levar este clube até onde precisa de estar”, defendeu.