Treinador português do Marselha qualificou como "ridículo" o facto de milhares de compatriotas terem ido para a praia em vez de se precaverem contra o Covid-19. Pede a suspensão da Ligue 1
Corpo do artigo
A pandemia do Covid-19 que tem alastrado motivou um comentário crítico de André Villas-Boas, na antevisão da visita ao Montpellier, agendada para sábado. O treinador português do Marselha defendeu que a Ligue 1 devia ser suspensa e, ao mesmo tempo, salientou que as instruções para a quarentena devem ser rigorosamente cumpridas e qualificou como "ridículo" o facto de milhares de portugueses terem ido para a praia na quarta-feira, criticando a atuação das entidades competentes.
"Existe a possibilidade de suspender a Liga dos Campeões e a Liga Europa. As informações que temos estão à disposição de todos até 15 de abril. Nós devemos e queremos respeitar isso. A minha opinião é que devemos suspender tudo o mais rápido possível. Esse foi o caso do povo chinês que teve o vírus antes de todo o mundo. Eles têm uma disciplina e uma responsabilidade que nós, europeus, não temos. Estamos sempre à vontade sem seguir ordens, rimos um pouco de saúde. (...) Estamos prontos para continuar o show... Estou pronto a suspender o meu salário, a minha prioridade é a saúde. Confiamos no Estado, se chegarmos a uma quarentena, espero que a respeitemos. Porque ontem o meu país Portugal não tomou as medidas como deveria. Todo mundo estava na praia, era ridículo. É uma vergonha para mim", afirmou Villas-Boas, lamentando também o facto dos adeptos do PSG se terem juntado à volta do estádio para apoiar a equipa no jogo, à porta fechada, com o Dortmund.