André Gomes, o Barça e a possível saída: "Tive uma fase complicada e não consegui dar a volta"

Impacto da entrevista à revista Panenka: "Para dizer a verdade, depois de fazer a entrevista não pensei no impacto que teria. Tinha necessidade de falar e de me expressar. O facto de ter terminado a entrevista e ter comentado com quem me entrevistou que era essa a necessidade que tinha... O impacto foi muito positivo, recebi o carinho dos meus adeptos, que era o mais importante, e senti-me surpreendido. Foi muita emoção e acabou por me libertar, não pela pressão externa mas sim pela pressão que colocava em mim mesmo, pela forma como encarava o dia-a-dia. Estava a precisar disto, do apoio dos adeptos, do feeling, do carinho... Foi extremamente importante para mim".

O desabafo libertou-o? "Sim, a verdade é que sim. A época não correu como esperava, mas acho que, acima de tudo, fez transparecer que somos pessoais normais, independentemente do nosso trabalho. Não queria transmitir que era uma pessoa fraca, simplesmente tive uma fase mais complicada e não consegui dar a volta sozinho. Agradeço imenso as palavras de apoio e de carinho das pessoas".

Saída é possível? "Para ser sincero, ainda não há nada pensado. Há outro foco, há outras prioridades no que toca a acabar bem a época e poder integrar as escolhas do mister Fernando Santos para o Mundial. Isso tem tempo, mais para a frente será falado. Acima de tudo, ver qual é a forma com que a direção e a própria equipa se sente comigo, mas para ser sincero creio que o foco é terminar bem a época e ver o que acontece no Mundial".

Conta estar no Mundial? "Eu ainda não tirei férias... Dispenso bem para poder estar no Mundial. Preparei-me física e mentalmente para ser opção. É claro que queria ter mais minutos, mas de alguma forma, nos minutos que tive tentei sempre dar o meu máximo em prol da equipa e por mim mesmo. Ter confiança e estar preparado para ser opção para o Mundial".