Ancelotti volta a falar do racismo no Mestalla: "Que fique claro: Vinícius é vítima"
Declarações do treinador do Real Madrid, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro com o Rayo Vallecano, marcado para esta quarta-feira e referente à 36ª jornada de La Liga. Ancelotti voltou a abordar o tema dos insultos racistas dirigidos a Vinícius
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Assunto do racismo: "Estamos todos preocupados com o que aconteceu. Penso que é justo que este assunto esteja a ser tão falado. É uma ótima oportunidade para melhorarmos as coisas."
Vinícius é vítima: Foi vítima, e é, do que está a acontecer. Por vezes, culpam-no: ele provoca, a atitude... não. Que fique claro: ele é a vítima de tudo isto. Tal como os adeptos que se comportam de forma impecável. E, já agora, quando falo do Mestalla, não é para 46 mil pessoas, mas para um grupo que se portou muito mal. Como em Maiorca, Valladolid... é um hábito. Para além do racismo, parece ser um hábito insultar. Penso que o que Xavi disse é exemplar: Porque é que normalizamos os insultos no futebol? Fui acusado não de ser um "macaco", mas de ser um "parvo". E então? É intolerável de qualquer forma. Tem de acabar. Atrás dos bancos de suplentes chamam-nos "maricas", "vai à merda". Porquê? É uma grande oportunidade para acabar com isto. E quero dizer que a Espanha não é racista, mas existe racismo em Espanha. E isso tem de mudar."
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Espanha, um país racista? "Repito, para mim, Espanha não é um país racista, mas há racismo. Nos últimos anos, Vini ganhou preponderância e isso fez dele um "inimigo desportivo". Isso pode acontecer. Mas que tudo isto se transforme em racismo...".
Ação da Liga e da Federação: "É muito bonito condenar, mas não é suficiente. Quero ação. E isso ainda não foi feito."
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