Ancelotti recusou a Itália: "Não me apetecia, seleção parece um part-time"
Episódio tem uns anos, mas pode ser um indicador do que o italiano pensa sobre... treinar o Brasil
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Carlo Ancelotti concedeu uma entrevista ao jornalista Armando Ceroni, da rádio suíça RSI, na qual passou em memória episódios da sua carreira como jogador e treinador.
"Disse não à seleção italiana porque não me apetecia... Gosto muito de estar em campo todos os dias a preparar os treinos, e a seleção parecia um part-time, um trabalho a tempo parcial que me fazia perder alguma da minha paixão. Só por causa disso", respondeu, dando luzes sobre a ideia que tem de treinar seleções, quando o Brasil continua de olho na sua situação para suceder a Dorival Júnior.
Comentou também o seu regresso ao Real Madrid após a passagem pelo Everton, sendo que o seu sonho não era treinar esse clube inglês, mas sim o seu rival: "O meu sonho era treinar o Liverpool, mas depois fui parar ao Everton e vivi a sua rivalidade, e agora sou absolutamente um adepto do Everton. Gostei muito do ambiente, porque há uma paixão pelas cores que é espetacular. Também se nota o sofrimento que o adepto tem pelo Liverpool, que durante tantos anos e ainda hoje se destaca na Premier League. Regresso ao Real Madrid? Na verdade, fui eu que lhes telefonei [ao Real Madrid]. No ano anterior, tinha falado com eles para ver se tinham jogadores disponíveis para nós, e no Everton tínhamos levado o James Rodriguez. No ano seguinte, soube que estavam à procura de um treinador e, ao falar com o diretor, disse-lhe que tinham de arranjar um bom treinador."