Novo selecionador brasileiro prometeu retirar a "melhor versão" de Vinícius Júnior e explicou o que o levou a aceitar o convite para assumir o "Escrete"
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Após ter terminado uma segunda passagem pelo banco do Real Madrid, Carlo Ancelotti já anunciou a sua primeira convocatória como selecionador do Brasil e explicou esta sexta-feira, em entrevista ao jornal Marca, de que forma pretende que a seleção canarinha jogue.
“O meu Brasil vai jogar como o Real Madrid, não como o Real Madrid deste ano, mas como o Real Madrid do ano passado. É isso que quero. Sempre disse o mesmo, que uma maneira de jogar ou um sistema único não me parece inteligente. Não sei qual é o sistema que permite ganhar jogos, penso que tens de te adaptar, ver o que tens e adaptar-te. Agora posso escolher, mas jogar-se-á em função dos futebolistas. O sistema depende das caraterísticas dos jogadores que tens, para que estejam confortáveis em campo. Não gosto que uma equipa tenha só uma identidade, não é inteligente. Se queres ter sucesso, tens de fazer muitas coisas bem”, apontou.
Tendo em vista a conquista do sexto Mundial da história do Brasil em 2026, o técnico italiano prometeu retirar a “melhor versão” de Vinícius Júnior, extremo do Real Madrid, no “Escrete”, e revelou quando tomou a decisão de deixar o gigante espanhol e aceitar o convite da CBF.
“Os resultados não foram os esperados e o jogo da equipa também não estava a ser bom. Era o momento de fazer algo e, depois da eliminatória contra o Arsenal (nas meias-finais da Liga dos Campeões), decidimo-lo. Era algo que vinha aí, a equipa não estava bem e demo-nos todos conta de que era o melhor”, referiu.
“Vinícius? É extraordinário, fantástico, trabalhador, lutador... O jogador brasileiro tem muito carinho à seleção e isso pode afetar o seu pensamento natural, com muita pressão para fazer as coisas bem, algo que não lhe permite cometer erros. Estou convencido de que dará a sua melhor versão na seleção. É dos melhores do mundo e está sempre lá”, enalteceu.
Ancelotti vai estrear-se no comando do Brasil no Equador, no dia 6 de junho, num jogo relativo à qualificação para o Mundial'2026, seguindo-se uma receção ao Paraguai no dia 11.