Ancelotti e a eliminação da Champions: "Perdemos duas peças fundamentais"

Após uma época em que venceu a Liga dos Campeões e a LaLiga, o Real Madrid foi afastado dos quartos de final da prova milionária pelo Arsenal (1-5 em agregado) e está a quatro pontos do líder Barcelona, que vai defrontar na final da Taça do Rei, a seis jornadas do fim do campeonato. 

Nesse contexto, Carlo Ancelotti, cujo futuro tem sido colocado em dúvida, preferiu atribuir as dificuldades desta temporada à retirada de Toni Kroos e à saída de Joselu para o Al Gharafa, do Catar, e não ao quarteto ofensivo composto por Jude Bellingham, Rodrygo, Vinícius Júnior e Kylian Mbappé. 

“Os problemas desta temporada são evidentes: perdemos duas peças fundamentais, que custam a substituir. Mudámos o jogo por jogadores com caraterísticas distintas e custou-nos a encontrar equilíbrio. Oxalá o encontremos agora. Se não o fizermos, teremos dificuldades para ganhar”, assumiu o técnico italiano, antes da visita que fará ao Getafe na quarta-feira (20h30). 

Ancelotti negou ainda que se tenha arrependido de não ser mais duro nos treinos com os atletas “merengues” ao longo da época, explicando que isso não faz parte da sua personalidade. 

“Em Itália diz-se que, sempre que há problemas, é a mão esquerda. Foi o que aconteceu também na minha primeira passagem (pelo clube). Eu tento gerir a relação com as pessoas pelo que sou. Esta época fiquei muitas vezes chateado, mas a minha relação tem de ser ao mesmo nível e para isso é preciso respeitar e ser respeitado, foi o que aconteceu. Sou canhoto na vida porque ninguém teve uma relação de mão direita comigo. Não sou capaz de usar o chicote, assinem com outro treinador (para isso). Para mim não é assim”, vincou. 

De resto, Ancelotti expressou algum desagrado com o horário deste jogo, que será iniciado às 21h30 locais: “Podia ser uma hora melhor, muita gente está a dormir a essa hora. Espero que os meus jogadores não adormeçam amanhã”, ironizou.