Amorim recusa criticar Rashford e Casemiro: "Mais rápido perco o trabalho..."
Dupla do Manchester United foi alvo de críticas, ainda antes da chegada de Amorim ao clube, após aproveitar a pausa para seleções para viajar para os Estados Unidos, mas o treinador português desvaloriza essa polémica
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Um dia antes da sua estreia como treinador do Manchester United, em casa do Ipswich (domingo, às 16h30), na 12.ª jornada da Premier League, Rúben Amorim concedeu uma entrevista a Gary Neville, ex-capitão dos red devils e atual comentador da Sky Sports.
Questionado sobre quais os aspetos que consideram “não negociáveis” na sua forma de trabalhar, o técnico português apontou ao profissionalismo diário dos seus jogadores.
“Podemos dizer as coisas bonitas como o trabalho árduo, ser profissional. É isso que deves ser, isto é o Manchester United. Deves sê-lo em todos os clubes mas aqui, claro, não podes fugir disso. O foco deve ser pensar primeiro na equipa, sei que alguns jogadores vão jogar algumas vezes em posições diferentes, mas eles têm de entender a posição de lutar pela equipa. Enquanto ex-jogador, sei os truques todos e consigo entendê-los, o que estão a fazer e o porquê. Se estiverem a fazê-lo pela equipa, defendê-los-ei até ao fim. Mais rápido perco o trabalho do que atiro um jogador para debaixo do autocarro, mas se ele não colocar a equipa em primeiro lugar, serei o primeiro a ir falar com ele”, vincou.
Nesse sentido, Amorim recusou criticar Marcus Rashford e Casemiro após o avançado inglês e o médio-defensivo brasileiro, ex-FC Porto, terem aproveitado, ainda antes da chegada do treinador ao United, a pausa de seleções para viajarem para os Estados Unidos, desvalorizando essa polémica.
Ainda assim, considerou que o United precisa de alterar os seus “padrões” de exigência nestes períodos de pausas competitivas.
“Em primeiro lugar, tiveram cinco dias de folga. Em segundo, receberam essa informação e são adultos. Enquanto clube, temos de estabelecer padrões e lidar com eles. Sou eu que decido se eles podem ter cinco ou três dias para descansarem e se podem voar ou não. Isto é algo que, enquanto clube, temos de decidir. Se teria definido uma estrutura diferente? Sim, certamente, mas não podemos culpar isto nos jogadores. Foi-lhe dito que tinham cinco dias de folga e podiam voar para onde quisessem, porque ninguém no clube lhes disse que não podiam voar. Por isso, eles têm de viver as suas vidas porque são homens crescidos e têm de decidir estas coisas, mas nós, enquanto clube, temos de mudar estes padrões”, defendeu.