Alemanha repudia decisão da FIFA: "Podem tirar-nos a braçadeira, mas vamos continuar..."
A FIFA proibiu as seleções participantes do Mundial de 2022 de utilizarem a braçadeira "One Love", de apoio à causa LGBT, numa decisão polémica e que surgiu após países como a Alemanha e a Inglaterra terem declarado a intenção de usar o acessório no Catar.
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A FIFA proibiu no domingo as seleções participantes no Mundial de 2022 de utilizarem a braçadeira "One Love", de apoio à causa LGBT, isto depois de nações como a Alemanha e Inglaterra terem declarado a intenção de utilizar a o acessório no Catar, num protesto contra a discriminação à comunidade no país.
Ora, um dia depois da polémica decisão, Bernd Neuendorf, presidente da Federação alemã de futebol, reagiu com desagrado e lançou críticas ao organismo que rege o futebol mundial.
"Foi uma clara ameaça contra nós. Eles ameaçaram-nos com sanções desportivas. Foi uma demonstração de poder sem precedentes da FIFA. Não queremos que os jogadores paguem por esta luta", lamentou, após um treino da "Die Mannschaft".
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Já Oliver Bierhoff, team-manager da equipa, também criticou a decisão da FIFA, dizendo que faz lembrar uma "ditadura".
"[Manuel] Neuer está muito desapontado por não poder usar a braçadeira. Isto já não tem nada a ver com futebol. Existe muita raiva, sentimos que isto é como uma ditadura. Eles podem tirar-nos a braçadeira, mas vamos continuar a expressar os nossos valores", garantiu.
A Alemanha está incluída no grupo E do Mundial de 2022, juntamente com a Espanha, Costa Rica e Japão, e vai estrear-se na quarta-feira (13h00), diante da seleção nipónica.
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