Noel Le Graet espera que os desenvolvimentos do alegado caso de extorsão ao médio da Juve pelo próprio irmão não o afastem da seleção.
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Um dia após a "explosão" na comunicação social francesa, o caso da alegada extorsão a Paul Pogba por parte de um grupo de amigos de infância, do qual também fará parte o seu irmão Mathias, chegou à federação francesa.
Preocupado pelas ondas de choque que a fratura do clã Pogba poderá provocar na seleção, Noel Le Graet disse esperar que os desenvolvimentos das investigações não coloquem em xeque a presença do médio da Juventus nos eleitos de Didier Deschamps. "Ainda é tudo muito fresco e nem sequer há um julgamento marcado. Eu amo o Paul e espero que tudo isto não coloque em questão a sua presença na seleção", afirmou o líder federativo, em declarações à rádio "RMC".
Num extenso dossiê sobre o caso que opõe dois dos três irmãos Pogba, o portal "FranceInfo" publicou ontem a cronologia dos acontecimentos. Segundo a supracitada publicação, Paul Pogba foi ouvido diversas vezes pelas autoridades francesas desde o passado dia 3, data em que foi iniciada a investigação sobre uma alegada tentativa de extorsão que remonta ao passado mês de março. À época, por ocasião de dois particulares da seleção da França frente à Costa do Marfim e à África do Sul, o médio (então ao serviço do United) aproveitou para visitar a sua família em Lagny-sur-Marne, nos arredores de Paris. O jogador terá sido, então, confrontado por amigos de infância - acompanhados de dois homens encapuzados e munidos de espingardas - por não os estar a ajudar financeiramente desde que se tinha tornado profissional. Estes terão reclamado o pagamento de 13 M€ sob pena de divulgarem vídeos comprometedores do internacional francês.
Paul Pogba explicou às autoridades que auxiliou os homens que o encostaram à parede até um deles, no passado mês de janeiro, ter gasto 200 mil euros através de um cartão de crédito roubado da sua residência, em Manchester. Perante o "fechar da torneira", os elementos do grupo terão começado a perseguir o jogador, que afirma tê-los visto a rondar o centro de estágios do United e, posteriormente, da Juventus, clube pelo qual assinou no passado mês de julho. E foi precisamente em Turim que Paul viu o irmão na companhia dos suspeitos.
Nascido em 1990, Mathias é três anos mais velho que Pogba e era presença assídua nos jogos de solidariedade promovidos pela fundação do irmão e nas concentrações da seleção francesa até se afastarem há um par de anos. Naquilo que é entendido como uma vingança, Mathias prometeu no passado domingo revelações explosivas sobre alegadas práticas de bruxaria pagas por Paul para enfeitiçar colegas da seleção (entre eles Mbappé) e adversários, bem como sobre a relação com a agente Rafaela Pimenta, que herdou o "império" do falecido Mino Raiola. Num comunicado enviado às redações, a família Pogba lamentou o sucedido, garantindo "não ter sido apanhada de surpresa" pelo comportamento de Mathias.
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