Aké visa críticos de homenagem a Gullit: "Isto está a ficar fora de controlo"
Três adeptos dos Países Baixos mascaram-se de Ruud Gullit durante o jogo frente à Polónia, o que resultou em críticas devido a terem pintado a cara de negro, simulando o tom de pele do ex-jogador
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Nathan Aké, defesa dos Países Baixos, foi questionado na quinta-feira sobre a polémica gerada em torno de três adeptos que, durante a vitória da seleção frente à Polónia (2-1), na ronda inaugural do Grupo D do Euro’2024, fizeram uma homenagem a Ruud Gullit que resultou em críticas, devido ao facto de terem pintado a cara de negro, simulando o tom de pele do campeão europeu em 1988.
Os três adeptos, que recorreram a uma peruca e à icónica camisola de Gullit em 1988 para replicar a imagem do antigo médio, acabaram por motivar reações mistas nas redes sociais, com alguns internautas a considerarem que o facto de terem pintado a cara foi um ato racista ou ofensivo, por razões históricas ligadas à escravatura.
Questionado sobre o assunto na quinta-feira, em conferência de imprensa de antevisão ao jogo com a França (esta sexta-feira, às 20h00), da segunda jornada, o defesa neerlandês desvalorizou o tema, já depois de o próprio Gullit ter fintado qualquer tipo de polémica, dizendo apenas sentir-se “honrado” pela homenagem prestada pelo trio.
“Eu não vejo um problema. Posso ser honesto? Estes tópicos estão a ficar fora de controlo, deveríamos deixar que estes tipos de coisas aconteçam. Ruud Gullit também já disse que ficou honrado. Vamos parar de criar problemas com coisas como estas”, apelou.
Ainda assim, já é uma garantia que a homenagem prestada pelos adeptos não será repetida, com um deles a ter admitido que as críticas resultantes foram o motivo por detrás desta decisão.
“Talvez eu tenha cometido um erro ou isto seja um ponto cego. Não quero ferir os sentimentos das pessoas e é por isso que decidi parar", revelou um deles, citado pelo DutchNews, acrescentando: “Recebi muitas respostas muito simpáticas, mas é evidente que há pessoas que pensam de forma diferente. Tenho de as respeitar e de as ouvir. A última coisa que quero é que as pessoas tenham um sentimento desagradável em relação à minha abordagem".