
Didier Deschamps
AFP
Selecionador francês acusou um jornalista de difamação. Caso remonta ao Mundial do Catar
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Didier Deschamps, selecionador de França, pediu nesta quinta-feira num tribunal de Paris que o jornalista Daniel Riolo seja condenado por difamação, por ter acusado o treinador de ter "mentido" sobre a gravidade da lesão de Karim Benzema no início do Mundial do Catar, em 2022.
Riolo afirmou, em janeiro de 2023, na rádio RMC, que o técnico havia exagerado sobre o problema muscular de Benzema, o que teria servido como pretexto para descartá-lo do torneio em que a França terminaria como vice-campeã, após uma final perdida para a Argentina. "Confio na justiça do meu país para condenar as acusações contra mim e para mostrar que há certos limites. Quero que a minha honra seja restaurada", declarou Deschamps perante o tribunal, que dará o seu veredicto a 30 de janeiro de 2026. Deschamps afirmou ainda que recebeu "ameaças graves" e foi acusado de ser racista, conforme noticia a agência EFE.
Em janeiro de 2023, Riolo afirmou que o exame da lesão muscular que Benzema fez numa clínica no Catar não tinha sido corretamente verificado. Depois de o agente de Benzema ter divulgado supostas imagens da ecografia da lesão, o jornalista afirmou que ele próprio confirmou, com a opinião do médico do PSG, Hakim Chalabi, que a lesão sofrida pelo então jogador do Real Madrid era leve e lhe teria permitido estar nos quartos de final do Mundial. No entanto, o médico da seleção francesa, Franck Le Gall, estimou perante o tribunal que a lesão era mais grave, de grau 2, o que impossibilitava a participação plena de Benzema na competição.
Riolo lamentou ter-se visto no meio de uma guerra entre o próprio Benzema e Deschamps e pediu para ser absolvido, pois limitou-se a dar "uma opinião", nas palavras do advogado do jornalista. O procurador, no entanto, solicitou a sua condenação por ter realizado "uma investigação jornalística sem levar em conta todas as partes."

