Aí está a Premier League: batalha a quatro pelo topo e um mercado... poupado

O duelo desta sexta-feira entre o recém-promovido Brentford e o tradicional Arsenal vai servir de pontapé de saída à Premier League 2021/2022, onde um quarteto de gigantes - Manchester City, Manchester United, Liverpool e Chelsea - arranca um passo à frente da concorrência na luta pelo título.

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Os quatro primeiros classificados da última edição da liga iniciam a nova temporada com plantéis praticamente semelhantes aos do ano passado reforçados com contratações "cirúrgicas" que representaram um pontapé na monotonia de um defeso marcado por um pé no travão, embora as duas semanas que restam até ao encerramento do mercado ainda possam proporcionar loucuras: ainda ontem, a Imprensa inglesa avançou que o City pode oferecer 150 M€ ao Tottenham por Kane.

E foi precisamente o atual campeão inglês que estabeleceu o recorde ao nível das contratações para a época 2021/2022, ao pagar 117 M€ ao Aston Villa para a contratação do internacional inglês Grealish. Na quinta-feira, horas após ter juntado a Supertaça Europeia à Liga dos Campeões conquistada no Estádio do Dragão, o Chelsea oficializou o regresso de Lukaku a Stamford Bridge após pagar, de acordo com diversas fontes, 115 M€ ao Inter pelo goleador belga. O United não quis ficar de fora da "dança" e agarrou o prodígio Sancho (ex-Dortmund) por 85 M€. Varane deverá ser o próximo a chegar a Old Trafford, num negócio estimado em 50 M€ que ainda carece de oficialização Por sua vez, o Liverpool tem, até ao momento, o central Konaté como contratação mais cara (40 M€), embora o principal "reforço" para Jurgen Klopp seja o patrão Van Dijk, que está de volta aos relvados após recuperar de uma lesão grave sofrida em outubro de 2020.

Citação citacao Contratações de Grealish (City), Lukaku (Chelsea) e Sancho (United) reforçaram as bases da última época e representam um pontapé na monotonia do mercado mais poupado desde a época 2013/2014

Os montantes investidos em Grealish, Lukaku e Sancho perfazem, em conjunto, 317 dos 933,8 M€ gastos pelas 20 equipas que disputam a Premier League no presente defeso. Este valor é, à condição, o mais baixo registado desde a antecâmara da temporada 2013/2014, quando foram gastos 924,3 M€ em reforços entre a elite do futebol inglês. Salvo investidas de última hora, os números ficam bem aquém dos de 2020/2021 (1518 M€) e, sobretudo, dos de 2017/2018, quando os clubes da Premier League abriram os cordões à bolsa em operações que contabilizaram 2182 M€.

Equilíbrio procura-se

A solidez dos quatro grandes candidatos e a esperada competitividade de um bloco intermédio, com o Leicester à cabeça, alimenta a esperança de recuperar um equilíbrio na luta pelo título que se perdeu de há dois anos para cá. Na última temporada, o City sagrou-se campeão com 12 pontos de avanço sobre o rival United, enquanto, em 2019/2020, o Liverpool terminou com 18 pontos de vantagem sobre a formação de Pep Guardiola para conquistar um título que lhe escapava desde 1989/1990. O último duelo ao "photo-finish" foi, precisamente, entre os citizens e os reds, com os primeiros a vencerem a edição de 2018/2019 com um ponto de avanço.