Equipa africana venceu a campeã do mundo, porém fica pela fase de grupos pela vitória da Austrália diante da Dinamarca.
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Ao quinto jogo entre França e Tunísia, o primeiro oficial, a equipa africana venceu, por 1-0. Um golo de Khazri , aos 58", valia o terceiro triunfo de sempre da formação num Mundial. O festejo do golo de Khazri, jogador que alinha no Montpellier, que nasceu em França até como 10 dos 26 convocados na equipa, fez-se com pompa e circunstância porque, na altura, daria a primeira passagem aos oitavos de final do país. No entanto, dois minutos depois a Austrália marcaria à Dinamarca, encaminhando o passaporte para a próxima fase, ocupando a segunda vaga do Grupo D.
A Tunísia justificou a vantagem e o seu 3x4x3 foi sempre perigoso para a França, que teve apenas uma chance no primeiro tempo, com um remate na área de Coman. Os campeões do mundo, já apurados, acusaram a mudança tática de 4x2x3x1 para 4x4x2 e as nove alterações feitas face à vitória anterior ante a Dinamarca. Nunca se tinham visto tantas mudanças nos blues num Mundial. Coman e Kolo Muani não desequilibraram e os médios sem propensão ofensiva nos corredores pouco assustaram a Tunísia. O lance individual de Khazri, o atacante que é a referência do país e que esteve em risco por lesão de não comparecer no certame, foi o terceiro lance de grande perigo da seleção. O número 10 saiu de seguida e a ordem era pressionar mais atrás. Deschamps foi ao banco procurar as soluções: chamou Rabiot, Mbappé, Griezmann e Dembélé em 15 minutos, restaurou o 4x2x3x1 e a França, pela primeira vez, dominou pela canhota do jogador do At. Madrid, a jogar nas costas do avançado.
Ainda assim, as oportunidades só surgiram no final: o primeiro remate enquadrado com a baliza surgiu... aos 82 minutos, justamente por Dembélé, ficando as principais chances a cargo de Mbappé, na primeira incursão gaulesa na área, aos 89", e de Muani, aos 90". Aos 90"+8", Griezmann, de pé direito, fez mesmo o empate, porém o lance foi anulado pelo juiz neozelandês, que, avisado pelo VAR, considerou que Griezmann, fora de jogo, teria tido influência na jogada, mesmo que este nem sequer se tenha feito à bola no primeiro cruzamento.
Apesar da reação esforçada dos bleus, que são primeiros no Grupo D (devido à diferença de golos com a Austrália, que passou em segundo), a Tunísia aguentou mesmo a vitória, agridoce pela eliminação. Os jogadores tunisinos, no banco, assistiram aos últimos momentos do Austrália-Dinamarca e informaram depois os que estavam em campo do sucedido. Houve festa tunisina, mas comedida.