Palavras de Paul Gascoigne, polémico internacional inglês que brilhou na década de 1980 e 1990
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Paul Gascoigne, polémico internacional inglês que brilhou ao serviço do Newcastle, Tottenham, Lázio e Rangers, nas décadas de 1980 e 1990, comentou esta terça-feira vários tópicos relacionados com o futebol do seu país, com especial foco na crise do Manchester United, que atravessa o seu pior arranque de época em 35 anos.
Em entrevista à Sportscasting UK, o antigo médio-ofensivo, de 57 anos, considerou que há jogadores no plantel dos red devils que não respeitam o treinador Erik ten Hag e, nesse sentido, admitiu que adoraria ver o lendário Alex Ferguson, atual diretor não executivo do clube, a regressar ao banco de Old Trafford uma última vez, apesar de ter terminado a carreira em 2013 e ter 82 anos.
“Creio que há jogadores que não se estão a dar conta de para quem estão a jogar. Sinto um pouco de pena por Ten Hag e adoraria que Ferguson assumisse o cargo da equipa só por uma época, para ver o que podia fazer com esses jogadores”, referiu.
“Faria bem a Rashford ir para Itália, sacudi-lo-ia. A mim sacudiu-me. Quando assinei pela Lázio, disse ao meu pai: ‘Vamos vê-los uma semana antes de ir’. Vi-os a treinar e pensei: ‘Que grande sessão de treino’. Mas a isto o treinador de então disse-me: ‘Isto é o aquecimento’. Comecei a chorar: ‘Não posso fazer isto de forma alguma’, assegurei ao meu pai. E ele disse para me habituar porque já tinha casa”, revelou.
“Gazza” reiterou ainda que escolheria Pep Guardiola como o próximo selecionador inglês, admitindo ter ficado surpreendido com o seu trajeto de sucesso enquanto treinador: “Joguei contra ele. Um dia estava na reabilitação e ele já treinava o Barcelona. Pensei: ‘M****, o que é que eu fiz com a minha vida?’”.
De resto, considerou que Trent Alexander-Arnold, em final de contrato com o Liverpool, seria um bom reforço para o Real Madrid – onde tem sido apontado pela imprensa espanhola – no verão de 2025.
“Creio que sim, pode encaixar sem problemas no Real Madrid. Hoje não é tão complicado ver um inglês longe da Premier League. Quando fui para a Lázio, só estava eu”, recordou, lembrando que, nessa altura, os seus colegas de equipa só queriam saber de uma coisa sobre si: “Diziam-me: ‘Quanto ganhas?’ [Gascoigne respondia:] ‘Muito mais do que tu’”.