Pep Guardiola reagiu com sarcasmo após comentadores como Jamie Carragher ou Gary Neville terem suspeitado que "há algo de errado" na relação do treinador do Manchester City com o médio belga, que tem sido suplente desde que regressou de lesão
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Pep Guardiola reagiu na terça-feira após vários comentadores terem suspeitado que existe algum problema na sua relação com Kevin de Bruyne, que leva apenas 71 minutos em campo – divididos por cinco jogos enquanto suplente – desde que regressou de lesão, em novembro.
Depois Jamie Carragher, Gary Neville, Micah Richards, Alan Shearer e Gary Lineker terem discutido essa possibilidade, o treinador do Manchester City, que procura terminar com uma série de sete jogos seguidos sem vitórias esta noite (19h30), em casa do Nottingham Forest, de Nuno Espírito Santo, retorquiu com sarcasmo.
“As pessoas dizem que tenho um problema com o Kevin? Acham que eu não gosto de jogar com ele? Não, não quero que Kevin jogue. O tipo que tem mais talento no último terço, não o quero. Tenho um problema pessoal com ele depois de nove anos juntos”, afirmou, em conferência de imprensa.
Mais a sério, Guardiola explicou que a gestão do médio belga, de 33 anos, está a ser feita de forma cautelosa, tendo em conta que, no ano passado, problemas musculares custaram-lhe cinco meses de competição.
“Ele entregou os maiores sucessos ao clube e adoraria ter o Kevin no seu auge, com 26 ou 27 anos, e ele também, mas já não tem 26 ou 27 anos. Teve lesões importantes e longas no passado e é alguém que precisa de estar fisicamente apto para encontrar o seu espaço e energia. Ele precisa de tempo para encontrar o seu melhor e, tal como na época passada, será passo a passo. Ele tentará fazê-lo e sentir-se melhor e eu estou desesperado por tê-lo no seu melhor. Sei que ele também está desesperado por nos ajudar e já demonstrou vislumbres do brilhantismo que só ele consegue fazer”, apontou.
De resto, o técnico do tetracampeão inglês, garantiu que, se não fossem as lesões, não estaria a lidar com esta crise de resultados, inédita na sua carreira, nem no quinto lugar da Premier League, a 11 pontos do líder isolado Liverpool, após uma derrota em Anfield (0-2), no domingo.
“Estou desesperado por ter cinco golos e cinco assistências de [Phil] Foden. Cinco do Kevin [de Bruyne], cinco golos e assistências de Jérémy Doku, Jack [Grealish], Savinho ou Gundogan. Não preciso de 20, 30 ou 40, preciso apenas de cinco golos e assistências destes jogadores e estaríamos no topo da liga. Porque é que não aconteceram? Não estavam cá, estavam lesionados e não estavam prontos. Este é o maior problema que tenho”, lamentou.