Adeptos do PSG denunciam revistas abusivas na Luz: "Tocou-me nos genitais"
São vários os relatos nas redes sociais de adeptos do campeão francês que acusam a equipa de segurança que o Benfica contratou de revistas impróprias, já circulando inclusive o hashtag "BenficaRapedMe".
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Depois do empate (1-1) do Benfica na receção ao PSG, na quarta-feira, em jogo da terceira jornada do Grupo H da Liga dos Campeões, vários adeptos do campeão francês têm recorrido às redes sociais para denunciar revistas abusivas e de caráter sexual por parte da equipa de segurança contratada pelos encarnados.
Existem adeptos que garantem mesmo terem-se sentido "quase violados" à entrada do Estádio da Luz, em relatos acompanhados pela hashtag "BenficaRapedMe" (O Benfica violou-me, em inglês).
Candace, uma adepta do conjunto parisiense que viajou para Lisboa para assistir à partida, revelou em declarações à rádio francesa France Bleu Paris, que uma segurança lhe colocou as "mãos nas cuecas" enquanto a revistava.
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"Uma senhora começou a revistar a minha mochila normalmente, depois a minha carteira por cerca de um minuto. Nada demais, não tinha nada a esconder. E depois veio a revista corporal. Primeiro, eles começaram a tocar no meu sutiã, depois colocaram a mão por dentro das minhas cuecas por um minutos, antes de colocar a mão na minha virilha por um longo tempo. Tudo isso foi muito desagradável. Saí de lá chocada, assim como muitos outros adeptos. Mas não fizemos nada, não dissemos nada, por medo da reação dos seguranças. Mas não é normal o que vivi", contou.
Paul-Henry Strasser também fez um relato semelhante à RMC Sport: "O segurança veio até mim, puxou-me os calções para baixo e subiu-me os boxers. Ele tinha as mãos dentro dos meus boxers e tocou-me nos genitais. Nas mulheres aconteceu o mesmo. Foi isto que aconteceu e gostava que todas as pessoas tivessem conhecimento disto. Estamos a falar claramente de um toque abusivo e de caráter sexual".
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Já Enzo, um adepto que viajou com os amigos para Portugal, também denunciou ter sido vítima de uma revista abusiva, algo que o surpreendeu, uma vez que "não havia animosidade nem nervosismo" associado ao encontro.
"Nunca tinha sido revistado desta forma. Estive em concertos dois meses depois dos ataques a Paris [em 2015], com seis revistas completamente distintas e não foi nada como isto. Para ser claro, o segurança passou entre 10 a 15 segundos a tocar-me nos genitais a verificar se eu tinha lá alguma coisa. As pessoas estavam a avançar, mas a dizer que estava a ser tudo muito estranho e fora do normal", recordou ao jornal Le Parisien.
A rádio France Bleu Paris garante que o PSG já tomou conhecimento das denúncias, que também se verificaram na receção dos encarnados aos israelitas do Maccabi Haifa (2-0), e abriu uma investigação ao caso.