Adeptos do Fenerbahçe quase enchem o estádio para decidir saída da liga turca
Assembleia Geral histórica decorre com milhares no recinto da equipa
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O Fenerbahçe está a viver um momento histórico, com milhares de adeptos a quase encherem o seu estádio em Assembleia Geral Extraordinária para decidir a eventual saída da liga turca, no seguimento das agressões a jogadores no estádio do Trabzonspor, por parte de adeptos do clube rival.
"Excedemos o mínimo necessário de 22 588 sócios", informou o clube, que assim procedeu ao início da reunião magna no Estádio Sukru Sarakoglu, na qual se decidirá se o clube avança para a saída da liga turca e tentativa de entrada noutra liga europeia.
A votação será alegadamente de braço no ar.
No Youtube a transmissão está a ser vista por 145 mil pessoas.
Ali Koç, presidente do Fenerbahçe, proferiu declarações duras contra a liga turca e a arbitragem: "Fizeram com que o nosso trabalho fosse usurpado de forma imprudente e desonesta. No nosso jogo com o Trabzonspor, fomos obrigados a disputar um jogo que não podia ser concluído em parte alguma do mundo. Mais uma vez, tentaram roubar-nos e tirar-nos o campeonato. A razão da nossa extraordinária reunião aqui hoje não é apenas esse jogo. As chamadas conspirações de viciação de resultados, os disparos contra o nosso autocarro, o roubo dos campeonatos com alianças sujas, as arbitragens fora do padrão, os rivais que agem com o entendimento de que todos os meios são permitidos para o sucesso deles e o círculo vicioso em que nos encontramos fizeram-nos dizer basta. Ninguém ouve a nossa voz e ninguém se envergonha. Durante 20 anos fomos sujeitos a injustiças que não podem ser experimentadas ou permitidas em qualquer parte do mundo. Quero falar do jogo com o Trabzonspor porque foi a gota de água para nós. O que aconteceu no jogo e no final do jogo foi feito de forma organizada. Esta situação foi tolerada e permitida. O governador e a direção de segurança não tomaram as precauções necessárias num jogo obviamente tenso. Em suma, estavam provavelmente à espera que os nossos futebolistas fossem agredidos. Os nossos jogadores representaram heroicamente o seu brasão. Tornámo-nos num país que tenta normalizar a violência? O que aconteceu lá, as tentativas de linchamento, são completamente ignoradas e a autodefesa dos nossos jogadores de futebol é discutida."