Adepto do Maiorca condenado a um ano de prisão por racismo contra Vinícius e Chukwueze
Pena por insultos racistas ao jogador do Real Madrid e ao ex-Villarreal, agora no Milan. Há ainda um menor do Maiorca também condenado
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Um adepto do Maiorca foi condenado a um ano de prisão, como somatório das penas por insultos racistas a Vinícius Júnior e Samuel Chukwueze (agora no Milan), em jogos da equipa insular contra o Real Madrid e o Villarreal, em fevereiro de 2023. A suspensão da pena dependerá do cumprimento de um programa de igualdade de tratamento e não discriminação.
Além desta pena, o mencionado adepto fica ainda impedido de ir a estádios de futebol em Espanha durante três anos.
Na televisão, o adepto foi apanhado a chamar a Vinícius "macaco". Foi acusado por delito de ódio e até já tinha uma sentença anterior, de quatro mil euros de multa e suspensão de entrada em recintos desportivos durante um ano.
"O arguido foi considerado culpado de dois crimes contra a integridade moral, agravados pelo facto de ter agido com motivos racistas, cometidos contra Vinicius Júnior e também contra o jogador Samu Chukwueze, na altura jogador do Villarreal, que foi alvo de insultos semelhantes no estádio Son Moix pela mesma pessoa, duas semanas mais tarde. O tribunal condenou o arguido a doze meses de prisão e ordenou a sua proibição de entrar nos estádios de futebol onde se realizam jogos da Liga Nacional de Futebol Profissional e da Real Federação Espanhola de Futebol durante um período de três anos. A pena de prisão suspensa foi condicionada à participação do arguido, que pediu desculpa e manifestou o seu arrependimento numa carta dirigida a Vinicius Júnior, num programa de igualdade de tratamento e de não discriminação", informou o Real Madrid em comunicado.
Trata-se da terceira condenação por insultos racistas contra Vinícius Júnior, recorda o clube merengue, que informou ainda sobre outro caso de racismo em Maiorca, contra Tchouameni, de um menor de idade: "Por outro lado, o menor que insultou o nosso jogador Aurélien Tchouameni por causa da sua raça no estádio Son Moix, durante o jogo entre o Maiorca e o Real Madrid, a 13 de abril de 2024, pediu desculpa e mostrou arrependimento pelo seu comportamento, e aceitou realizar as atividades socioeducativas propostas pelo Ministério Público na jurisdição juvenil. Não poderá entrar nos estádios onde se disputam competições oficiais durante um ano e terá de pagar as sanções pecuniárias que lhe foram impostas pelo seu comportamento pela Comissão Estatal contra a Violência, o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância no Desporto. O Real Madrid, que, juntamente com os seus jogadores, actuou como procurador particular neste processo, continuará a trabalhar para proteger os valores do nosso clube e para erradicar qualquer comportamento racista no mundo do futebol e do desporto."