Adama Traoré lança debate e atiram: "Parecia um búfalo a ir contra Trincão"
Físico imponente do extremo do Wolverhampton motiva questões sobre a crescente importância da capacidade física no futebol.
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Um dos grandes destaques da recente janela de jogos de seleções foi Adama Traoré. O extremo dos Wolves estreou-se pela seleção A de Espanha e impressionou pela capacidade física evidenciada no relvado. Além de um corpo escultural, o jogador protagonizou várias arrancada de nota e uma entrega incansável, que levou o jornal Marca a questionar: quanto vale a força física no futebol atual?
Entre vários nomes consultados, a publicação espanhola falou com Javier Vidal, preparador físico do Getafe, que lança mesmo um vaticínio para o futuro próximo sobre a capacidade atlética dos futebolistas, lembrando que, hoje em dia, Cristiano Ronaldo, por exemplo, "já não é um caso especial".
"O corpo de Adama [Traoré] tem condições inatas, genéticas, mas também precisa de algum trabalho de fundo. Os benefícios desse trabalho são a potência, que é o seu ponto forte, e a velocidade. No Barcelona B era rápido e, agora, ainda é mais rápido graças ao corpo que tem. Não travou o seu talento, nem o tornou menos ágil. Antigamente, diriam que um corpo assim era demasiado rígido", começou por referir, aprofundando:
"Daqui a dois anos, quem não for forte não poderá jogar na I Liga. É uma tendência, nos balneários há mil jogadores como Cristiano Ronaldo, muito definidos, mas com tamanho que ainda pode ser desenvolvido", acrescentou Vidal.
Já Vicente Calvo, responsável pela preparação física do tenista Feliciano López, corrobora a teoria, aludindo diretamente ao caso de Adama: "Nem todos os que querem conseguem ficar assim. Está no limite do aconselhável, parece mais um jogador da NFL [futebol americano]. O futebol caminha nessa direção e, quando foi contra Trincão [no jogo com Portugal], parecia um búfalo. Exibe uma potência enorme e não perde velocidade", asseverou.