Acerbi: "Não podes chamar racista a alguém por causa de um mal-entendido"
Central do Inter foi absolvido após ter sido acusado de racismo por Juan Jesus e refletiu sobre o episódio
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Francesco Acerbi, central do Inter, falou na sexta-feira ao jornal Corriere delle Sera depois de ter sido absolvido da acusação de racismo que foi feita por Juan Jesus, defesa ítalo-brasileiro do Nápoles, durante o último entre as duas equipas (1-1), na Serie A.
Após Jesus ter contestado o veredicto da Federação Italiana de Futebol, Acerbi voltou a defender a sua inocência no caso, garantindo ter sido mal-interpretado e não ser racista.
“Isto não é uma luta contra o racismo, não houve racismo no campo e eu não sou uma pessoa racista. O meu ídolo foi George Weah e quando descobriram o meu tumor, recebi uma chamada surpresa dele que ainda hoje me excita. Estão apenas a humilhar uma pessoa, a massacrá-la e a ameaçar a sua família, mas porquê? Por algo que acabou no campo e que não teve nada a ver com racismo. Infelizmente o racismo é uma coisa séria, não um alegado insulto”, começou por vincar.
“Agora que existe uma sentença, gostaria de dizer a minha opinião. Não tenho nada contra Juan Jesus, pelo contrário, até tenho pena dele, mas não pode chamar-me racista por uma palavra mal-entendida no calor do jogo. E não pode continuar a fazê-lo mesmo depois de eu ter sido absolvido”, lamentou.
O central, de 36 anos, que foi dispensado da seleção italiana na sequência da acusação inicial de Jesus, salientou ainda que apesar de ter sido considerado inocente neste caso, a opinião pública continua a ser muito negativa na sua direção.
“Estou triste por toda a situação que se criou, pela forma como tudo acabou no relvado e por terem-se virado contra mim mesmo não sabendo nada. Mesmo depois de ter sido absolvido senti uma fúria enorme, foi como se tivesse matado alguém”, concluiu.