Abramovich "não quer reembolso de empréstimo e aumentar" preço do Chelsea
Proprietário dos blues, já com os dias contados, refutou notícias que davam conta de mudanças de planos do russo relacionados com o processo negocial do emblema de Londres
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Não passou de boato. Roman Abramovich, forçado a vender o Chelsea, queria, segundo o "The Times", receber 1,6 mil milhões de euros emprestados ao clube, mas o russo negou, oficialmente, querer o reembolso, tal como aumentar o preço do negócio.
"O sr. Abramovich não pediu qualquer empréstimo para lhe ser reembolsado - tais sugestões são totalmente falsas - tal como as sugestões de aumentar o preço do clube", lê-se num comunicado do oligarca da Rússia, publicado pelo Chelsea.
A Sky News havia noticiado, em 28 de abril, que o multimilionário exigira a três candidatos a proprietários dos blues mais 593 milhões de euros acima do previsto.
Na nota, que desmente, assim, vários rumores circulados na Imprensa internacional acerca de um alegado volte-face de Abramovich neste processo originada pela guerra na Ucrânia, espoletada pelas tropas russas, é reiterado também que o dinheiro da venda dos blues será doado a milhares de vítimas ucranianas.
"As intenções em relação a dar o produto da venda do Chelsea à caridade não mudaram. A equipa do sr. Abramovich identificou altos representantes de organismos das Nações Unidas e de grandes organizações caritativas mundiais que foram encarregados de formar uma fundação e estabelecer plano", lê-se.
O comunicado frisa, por fim, que Abramovich, que pôs o clube, adquirido em 2009, à venda, em março passado, após ser sancionado pelo governo do Reino Unido face às ligações a Vladimir Putin, que "não terá acesso aos fundos após o negócio".
Nessa altura, o oligarca russo, um dos homens mais ricos do Mundo, garantira, pese os rumos surgidos entretanto, que não iria pedir o reembolso do dinheiro emprestado ao emblema da Premier League e que este iria destinar-se a caridade.
Segundo a Sky Sports, o consórcio liderado pelo empresário americano Todd Boehly é o licitante em melhor posição para comprar o Chelsea. A venda está a ser conduzida pelo Grupo Raine, um banco de investimento nomeado por Abramovich.
A licença atribuída pelo governo ao Chelsea para operar termina a 31 de maio e os blues, impedidos de fazer contratações e renovações, encaixar receitas, gastar sem limites e forçado a ser vendido, correm o risco de abrir falência, a menos que o clube seja vendido atempadamente ou que a licença seja prolongada.