Abel, o triunfo após "golpe muito duro" e ainda Tabata: "Foi uma oportunidade..."
Declarações de Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, após a vitória por 2-1 sobre o Juventude, no Brasileirão, depois da eliminação nas meias-finais da Taça Libertadores, com o Athletico Paranaense.
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Vitória após golpe duro: "Depois de um golpe muito duro há três dias, uma vitória era importante. Ter os nossos adeptos do nosso lado é o maior crédito. É aos nossos adeptos que temos que dar ouvidos, o resto é barulho. O barulho nós ouvimos, e respeitamos muito os nossos adeptos. Foi assim no final do jogo, porque reconheceram o nosso esforço, porque a equipa deu o que podia. É continuar neste caminho, valorizar os jogadores, clube, adeptos. E que os adeptos consigam identificar-se com a nossa equipa, isso para nós é o mais importante. A família palmeirense continua junta, apesar de todo o barulho que façam em volta."
Análise: "Acho que entrámos bem no jogo, produzimos. No intervalo [0-0], disse aos jogadores que mantivessem a calma, porque o futebol é assim mesmo, não é uma ciência exata. Muitas vezes, não é a melhor equipa que ganha, e essa é a magia. Entrámos muito bem na segunda parte, continuámos a produzir. Tivemos uma série de oportunidades para fazer o segundo, o terceiro e o quarto [golos]. O nosso adversário tem um lance, que para mim é futebol, é o que faz parte. Eu ainda não vi o golo, mas a forma como foi feito, ganhou a linha, depois está no chão e ainda encosta... é futebol. Não adianta. A minha função é alertar o que estamos a produzir, e não é por acaso que somos a equipa que mais cria oportunidades, porque temos essa característica."
Tabata: "O Tabata é um jogador que faz várias posições. É muito parecido com o Scarpa, é um jogador com as mesmas características. Foi uma oportunidade que o clube encontrou de contratar um jogador que só conseguiria depois. O Jailson lesionou-se, por acreditarmos na formação e acreditarmos no Menino, não fomos buscar outro "5". Apostámos na prata da casa, essa é a nossa filosofia. Cada um no seu tempo, no tempo certo, sem precipitar projetos, mas o Bruno [Tabata] vai-se entrosando aos poucos, já percebeu a dinâmica do grupo. Intensidade ele tem, e aos poucos vai conquistando espaço dentro do grupo. Infelizmente, o Veiga ficará um tempo sem poder ajudar-nos, mas é assim, por cada guerreiro que cai, outros têm de se levantar."
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Importância do resultado: "Curiosamente, em termos estatísticos, no último jogo fomos os melhores, o futebol é isso. Toca na bola, remata na trave, bate nas costas e entra. Remata contra um jogador, vai para a direita, sofre um desvio e entra. Eu disse para manter o que fizeram no último jogo. Entraram muito bem, no último jogo nos primeiros 20 ou 30 minutos podíamos estar a ganhar 2-0 ou 3-0, hoje a mesma coisa. É produzir, é isso que eu quero ver. Depois sofremos um golo como vimos, é difícil explicar esse tipo de golo, mas acontece. O futebol tem uma probabilidade maior para uma equipa do que para outra, mas tem essa probabilidade. A nossa equipa produz muito, e temos que chegar ao final do jogo sempre com mais golos do que o nosso adversário. Não conseguimos segurar o 2-0 e nem o 2-1 no último jogo. Hoje tivemos calma e paciência. Foi uma pena os nossos adeptos não terem sido premiados com três ou mais golos, e a eles só tenho uma coisa a dizer: obrigado."
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