"Abel Ferreira puxa muito as orelhas", revela um agradecido Estêvão

Ensinamentos de Abel Ferreira: "O Abel ensinou-me a perceber o jogo. Eu tinha muita proteção, não tinha de voltar tanto para marcar os adversários, não tinha de fazer tanto trabalho, podia ir de um lado para o outro. O Abel veio ter comigo e explicou-me, ajudou-me. Disse-me que isto não me ia ajudar só agora, mas para o resto da minha carreira. Isso ajudou-me a ser titular no Palmeiras. Comecei a trabalhar mais, a atacar o espaço. Isso ajudou muito. Enzo Maresca? Quando se tem um treinador como o Abel, não se tem medo de ninguém. Com ele, a gente passa por todas as etapas. O Abel é uma pessoa que puxa muito a nossa orelha. No dia a dia, ele é um treinador europeu com perfil europeu. Aprendo muito com ele."

Mudança para Londres: "Toda a gente me fala do Big Ben. Ainda não pesquisei muito, mas já descobri algumas coisas na Internet. Estou entusiasmado por visitar Londres. Toda a gente diz que é uma das melhores cidades do mundo, que recebe muitos turistas e que toda a gente a elogia. Isso também influenciou a minha decisão de ir para o Chelsea. Iremos para lá no final do ano. Dizem que é frio, mas estamos preparados." 

Representar a seleção brasileira: "Jogar pela seleção brasileira é um nível superior. É a camisola do maior campeão do mundo. Foi um sonho realizado. Quando eu era criança, sempre dizia que um dia estaria lá e consegui realizar esse sonho. Fiquei muito feliz e espero vestir a camisola da seleção mais vezes. Passou um filme na minha cabeça, tudo o que tinha vivido até àquele dia. Estava um pouco nervoso, mas muito feliz por ter a minha primeira oportunidade. É um motivo de alegria estar a vestir a camisola do Brasil e eu estava feliz. Fico feliz quando estou em campo. Há algum nervosismo, sim, por ser o Brasil e por causa das pessoas que já vestiram esta camisola. Mas eu estava calmo. O grupo estava muito descontraído, todos me receberam bem." 

Ainda a terminar os estudos: "Ainda tenho um longo caminho a percorrer antes de terminar a escola. Ainda me falta um ano. Eu disse que não é fácil. Vou ter de estudar em Londres. Mas vou ficar na mesma escola, vou continuar a estudar online. Vou ter aulas de inglês sempre que puder, porque há semanas com muitos jogos. Estou a aprender bem, estou a dedicar-me muito à aprendizagem da língua. Estudo online. Já não vou à escola. Os professores enviam-me as aulas gravadas e eu vejo-as no meu telemóvel. Enviam-me as atividades, eu faço-as e envio-lhes. E depois faço os testes. É tudo online. Por vezes, há testes e exercícios na véspera de um jogo, ou no dia de um jogo. Então não há como evitar, há que estudar e fazer. Mas os professores ajudam imenso. Posso fazer tudo no meu telemóvel, não tenho de usar um caderno. Assim é muito mais fácil. Mas os rapazes da equipa estão sempre a brincar, a provocar-me e a dizer-me que tenho de estudar mais."

Objetivos no Chelsea: "Quero fazer história e ser o brasileiro mais bem-sucedido da história do clube. Quero ganhar títulos e mostrar todo o meu potencial, mostrar tudo o que eu posso fazer."