Abel Ferreira critica defesa: "Temos média de golos sofridos de equipa de despromoção"
Declarações de Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, após o empate (1-1) na receção ao Juventude, em jogo da 23.ª jornada do campeonato brasileiro.
Corpo do artigo
Números não mentem: "O que é tomar conta jogo? É ter 73 por cento de posse de bola, chegar ao último terço e fazer cruzamentos e nada, finalizar e nada... O que é ser tomar conta do jogo? Ter 73 por cento de posse de bola e não criar. Fizemos, na minha opinião, um mau jogo. Os números não mentem. Não posso entrar em campo e sofrer golo da forma que estamos a sofrer. Não posso ter 22 jogos e ter 26 golos sofridos. É falta de compromisso coletivo defensivo".
Problemas defensivos: "Não podemos sofrer o primeiro golo como sofremos. Foram avisados que iam procurar bolas paradas e a transição. Era fundamental ter segurança, paciência e velocidade. Foram avisados. Os números são claros como água. Temos média de golos sofridos de equipa de despromoção. Não me venham falar em 'retranqueiro' [ser extremamente defensivo]. Temos de melhorar o compromisso coletivo defensivamente. É o que esta equipa tem na Taça Libertadores".
Evoluir: "No campeonato brasileiro defensivamente não estamos bem. O jogador brasileiro joga 50 por cento com a bola, faltam os outros 50 por cento sem a bola. Quando falo da equipa, eu sou parte da equipa, quando critico, critico o treinador da equipa. É uma crítica coletiva e o treinador está dentro. É compromisso e solidariedade defensiva coletiva. Não é da defesa ou dos avançados, é de todos. Porque temos um empenho na Taça Libertadores extraordinário? Porque [a equipa] está com foco e atenção no máximo. Não foi por falta de aviso. Mas entrar no jogo e sofrer um golo da maneira que sofremos... Dá confiança ao adversário".
Regresso dos adeptos: "Estou [ansioso] porque acredito que vão-me tirar do trabalho de falar no início do jogo para os meus jogadores entrarem alertas. Vai ser uma boa forma de avaliar o desempenho dos jogadores. Estou ansioso para que voltem, os adeptos são a alma do futebol. É um ambiente espetacular, que venham ajudar, apoiar, criticar. Gosto de ter o estádio cheio porque ajudam a avaliar o desempenho de todos nós".