Abel fala da coreografia e da homenagem dos adeptos do Palmeiras: "Foi o maior título que ganhei"
Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, deu uma entrevista ao Canal 11 dias depois de vencer o Campeonato Paulista, o décimo troféu que conquistou ao serviço do Palmeiras
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Quando se cansa de ganhar? "O Paulistão já passou. Aqui não há tempo para comemorar ou chorar com as derrotas. Já ontem tive de voltar a focar os atletas, porque vamos ter um jogo importante para a Libertadores. Aqui não pára. Só nos aguentamos aqui, porque ganhamos, não é por sermos bonitos ou vestir de verde. É porque ganhamos. Se não estiver aqui no Brasil, a 10 horas de voo de Portugal, a não ser para ganhar, não estou aqui a fazer nada. Para isso estaria com a minha família. Tenho um grupo de grande caráter. Todos acham que nos vamos cansar de ganhar, mas é o nosso alimento. Os adeptos têm de saber porque treinam e tanto se dedicam. É para sentir as emoções de ganhar. Já sentimos as emoções de perder. Tem a ver com a competência a estrutura, alguma da equipa técnica. Um bom jogador e treinador o que deve ter é confiança. Mas às vezes dizer isso é mais difícil."
Coreografia dos adeptos do Palmeiras em homenagem a Abel: "Falar de Brasil e Portugal... Apesar de serem países irmãos, há arestas a serem limadas. Tem a ver com o passado. Em Portugal há 10 milhões, no Brasil são 200 milhões. Acho que viram no estádio... para mim foi o maior titulo que eu ganhei no Brasil. Ver o reconhecimento dos adeptos do Palmeiras... Ter uma bandeira de Portugal, uma caravela, associada aos Descobrimentos, foi a maior título dos dez que ganhei no Brasil. Foi feito de coração pelos adeptos. Nunca na minha vida sonhei que fosse assistir a isso num estádio brasileiro."
Palmeiras é o favorito a vencer o Brasileirão? "Não, aqui há seis. Internacional, Flamengo, Botafogo, Palmeiras, Atlético Mineiro e há sempre um ou outro que aparece, como foi no ano passado o Red Bull Bragantino, mas vamos defender o que é nosso com unhas e dentes. Posso garantir."