Treinador do Palmeiras aborda expulsão frente ao Flamengo, após levar as mãos aos genitais
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O Palmeiras, orientado por Abel Ferreira, despediu-se da Taça do Brasil nos oitavos de final, aos pés do Flamengo, num jogo marcado por polémica. Em São Paulo, Vítor Reis, aos sete minutos, assinou o tento do Verdão, ainda assim insuficiente para anular a desvantagem que os paulistas traziam do Rio de Janeiro (0-2).
O técnico português foi expulso perto do final do encontro, por se insurgir contra o desempenho da equipa de arbitragem, que já tinha anulado o segundo golo ao Palmeiras, por milimétrico fora de jogo de Flaco López. "Já tive a oportunidade de mostrar as imagens que o Palmeiras tem, vistas de cima. Há uma falta do meu lado direito, e as imagens são claras. Não concordo. Foi uma arbitragem que, sobretudo na segunda parte, parou muito [o jogo]. E é preciso coragem para arbitrar um jogo deste nível. E quando acontece a falta, viro-me para a minha equipa técnica e faço o gesto, de que o árbitro não teve coragem", explicou ao "Canal do André Hernan".
"Estou a falar com a minha equipa técnica, através da minha voz e desse gesto corporal. O árbitro não tem coragem. Vocês aqui dizem outra coisa, mas eu disse que não tem coragem. Não vou negar o gesto. Fiz o gesto, mas em momento algum foi minha intenção ofender alguém. Era preciso coragem para apitar. Já pedi desculpa aos meus jogadores e vou fazê-lo à minha mãe, às minhas filhas e à minha mulher. Não ofendi ninguém, em momento algum. A imagem é muito clara, é o que tenho a dizer sobre esta situação. E já percebi que, faça o que fizer, as câmaras estão sempre viradas para mim. Pena que a expulsão só veio três minutos depois", completou.
Aos 37' da segunda parte, o árbitro Anderson Daronco foi chamado por Jefferson Ferreira de Moraes, VAR do jogo, e, após revisão, tomou a decisão de expulsar Abel Ferreira por gesto obsceno.
Pedro Caixinha, ao leme do Bragantino, e Artur Jorge, técnico do Botafogo, também foram eliminados nos oitavos de final da Taça do Brasil.